Análise do perfil clínico-epidemiológico de crianças e adolescentes vítimas de queimaduras

• Autor
• Isabela Leão Gonçalves de Souza
• Co-autores
• Raquel Prado Talone , Matheus Hernandes Vieira Vaz , Giovanna Cordeiro Prates , Thalysson de Souza Rangel , Olegario Indemburgo da Silva Rocha Vidal
• Resumo

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  Introdução: Queimaduras são lesões resultantes da ação do calor direto ou indireto sobre o corpo, em que ocorre a destruição da pele, classificadas pelo nível de acometimento e extensão.  Elas constituem a segunda causa de morte na infância no Brasil. A maioria dos acidentes com queimaduras acontecem no ambiente doméstico, por causas muitas vezes preveníveis. Objetivo: Descrever as características clínico-epidemiológicas dos casos de crianças e adolescentes vítimas de queimaduras no Brasil.  Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, cujos artigos foram obtidos por meio da pesquisa nos bancos de dados SciELO e Google acadêmico, utilizando os descritores: “queimaduras”; “infantil”; “epidemiologia”. Foram incluídos artigos originais e relacionados ao objetivo proposto. Artigos incompletos foram excluídos. Resultados: As queimaduras são uma das mais frequentes causas de injúria corporal em crianças e adolescentes, normalmente ocorrendo em ambiente residencial e tendo etiologia térmica, devido, principalmente, à escaldadura, seguida de contato com chama direta e álcool. Ademais, foi evidenciado que tais lesões aparecem, majoritariamente, como queimaduras de 2° e 3° grau em diversos locais do corpo da criança, sobretudo nos membros superiores e tronco. Outrossim, tem maior incidência no sexo masculino, possivelmente devido à maior curiosidade desses indivíduos e do menor resguardo familiar a eles dirigido quando feita comparação com o sexo feminino. Esse agravo é ainda mais comum quando associados à condição econômica, visto que a taxa de prevalência de queimaduras é maior em famílias de classe D e E. Já no que tange à faixa etária dos afetados, houve certa discordância nas obras analisadas, predominando a ocorrência desse acidente em crianças na fase pré-escolar, entre 3 – 6 anos, tendo como etiologia mais comum a escaldadura. Entre 5 – 12 anos de vida, os acidentes causados por chama direta apresentaram maior frequência. Já os adolescentes acima dos 13 anos foram mais vitimizados pelo choque elétrico. Conclusão: Conclui-se que as crianças mais jovens têm maiores riscos de sofrerem acidentes com queimaduras, em que a curiosidade e a falta de medidas protetivas paternas são fatores contribuintes. Sugere-se, a melhor notificação desses acidentes, para criação de ações públicas educativas para minimizar esses agravos. 

   

• Palavras-chave
• Acidentes domésticos, Epidemiologia, Pediatria, Queimaduras.
• Área Temática
• Prevenção e epidemiologia de acidentes domésticos