Correção cirúrgica da Mielomeningocele: comparação entre a cirurgia a “céu aberto” e pós parto

• Autor
• Thalysson de Souza Rangel
• Co-autores
• Isabela Leão Gonçalves de Souza , Raquel Prado Talone , Matheus Hernandes Vieira Vaz , Giovanna Cordeiro Prates , Olegario Indemburgo da Silva Rocha Vidal
• Resumo

•  

  Introdução: As mielomeningoceles (MMC) são defeitos congênitos no fechamento do tubo neural, atingindo principalmente a região lombossacral. Ela é a forma mais grave de disrafismo espinhal, gerando exposição da medula espinhal para fora da coluna vertebral. A cirurgia de correção pode ser realizada intraútero (CIU) ou pós natal. A CIU é realizada por meio da cirurgia a “céu aberto”, onde é realizada uma incisão na pele da mãe como uma cesárea, com exposição do útero e retirada do líquido amniótico para correção da lesão. Ela tem o objetivo de minimizar complicações futuras neurológicas e motoras, com posterior reconstrução e reparo da lesão. Objetivo: O objetivo desse estudo é comparar os potenciais benefícios da CIU e da cirurgia pós parto na correção da mielomeningocele. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cujos artigos foram buscados nas bases virtuais BVS, SciELO e Google acadêmico, sendo os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “mielomeningocele”; “cirurgia a céu aberto”; “pós parto”. Foram selecionados 9 artigos, produzidos entre 2014 e 2021, cuja temática se relacionasse ao objetivo proposto. Desses, 3 foram excluídos por apresentarem resultados incompletos. Resultados: A cirurgia pós natal está associada ao quadro clínico da “síndrome da medula presa”, devido à técnica cirúrgica emprega, podendo levar a danos neuronais progressivos e distúrbios autonômicos. Já a CIU é a principal forma de correção utilizada atualmente, apresentando os melhores resultados clínicos a longo prazo, com desenvolvimento mental e motor melhor nesses pacientes do que nos operados pós-parto. O fechamento pré-natal da imperfeição evita a continuidade da lesão e propicia a evolução do tecido nervoso nos parâmetros fisiológicos. Entretanto, apesar de promissor, há resultados conflitantes, pois, alguns estudos ressaltam haver riscos aumentados de trabalho de parto prematuro e complicações maternas mais elevados nos pacientes submetidos a CIU. Conclusão: Conclui-se que, apesar do potencial benefício da CIU, ainda é necessário melhores estudos que acompanhem os pacientes a longo prazo. Além disso, deve haver melhoras nas técnicas cirúrgicas de modo a diminuir os efeitos deletérios maternos.

   

• Palavras-chave
• Anormalidades Congênitas, Meningomielocele, Neurocirurgia.
• Área Temática
• Doenças relacionadas as subespecialidades pediátricas