INTRODUÇÃO: O retinoblastoma (RB) enquadra-se como a neoplasia maligna intra-ocular mais comum na faixa etária infantil e, apesar de ser tratável, é necessário acompanhamento precoce e atenção médica quanto ao melhor tratamento em cada caso, dada as respectivas especificidades, podendo levar à perda da visão, ao risco de metástases e à necessidade de enucleação. Ademais, devem ser considerados os efeitos psicológicos e físicos do tratamento nos pacientes. OBJETIVOS: Sendo assim, este trabalho tem o objetivo de avaliar tratamentos relacionados ao retinoblastoma, em especial a enucleação, e descrever os seus impactos na vida de crianças e adolescentes. METODOLOGIA: É uma revisão do tipo integrativa realizada com base em 15 artigos publicados a partir de 2014 selecionados por meio de buscas nos bancos de dados National Library of Medicine (PubMED) e Google Acadêmico a partir dos descritores "Eye enucleation", "Pediatric" e "Retinoblastoma". RESULTADOS: A partir dos artigos analisados, foi possível notar que o grau de gravidade da classificação internacional de retinoblastoma (IIRC) em que o paciente encontra-se e se é RB bilateral ou unilateral define os tratamentos possíveis, assim como a sequência e dosagem destes. A enucleação primária ou secundária, com posterior auxílio de prótese ocular, e a quimioterapia sistêmica foram exemplos de medidas terapêuticas estudadas. Em uma criança, o diagnóstico de RB afeta o físico, psicológico (autoestima e vínculos sócio-afetivos), presente e futuro não só do paciente, mas também de seus familiares. Infantes que passaram pela enucleação - embora seja um tratamento que salva vidas - sofreram desafios psicossociais, motores e escolares e, portanto, a reabilitação necessária é importante até para a saúde mental do indivíduo que continua a enfrentar obstáculos mesmo no pós-tratamento. CONCLUSÃO: Por fim, foi observada fragilidade na maioria dos estudos quanto à abordagem a longo prazo dos empecilhos enfrentados por crianças e adolescentes com RB após o tratamento. Por conseguinte, mais estudos são necessários para a melhor avaliação dos fatores psicoemocionais nesses pacientes para que, além do aumento da sobrevida, profissionais sejam auxiliados na triagem e escolha do tratamento adequado e, dessa forma, menos entraves possam ser vivenciados pelos afetados por essa patologia.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com