Introdução: As telas, que abrangem televisões até aparelhos menores, tornaram-se parte da rotina dos indivíduos, inclusive crianças. Isso ocorre pela praticidade que a tecnologia proporciona no cotidiano dos pais, que se aliam às telas na tentativa de acalmar e distrair crianças. Sabe-se que as telas prejudicam o desenvolvimento infantil por diversos mecanismos levando a transtornos do sono, irritabilidade, atraso de fala, dentre outros. O isolamento social da pandemia por SARS-CoV-2, aliado ao aumento do uso de telas, impactou negativamente no desenvolvimento das crianças. Objetivos: Analisar os impactos do tempo de tela na infância relacionando com a pandemia por SARS-CoV-2. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura. Foram analisados artigos científicos das bases de dados Google Acadêmico e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). As palavras “tela”, “infância”, “pandemia” foram cruzadas usando o operado boleano AND. Foram utilizados artigos em português dos últimos seis anos. Resultados: Entende-se como tempo de tela o período total em que a criança permanece exposta às telas. A American Academy of Pediatrics e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam 1 hora/dia para crianças entre 2 e 5 anos e nenhuma exposição para menores que 2 anos. Segundo pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2021) 51% dos pais entrevistados disseram que o tempo de tela foi além do recomendado (mais que 3 horas diárias). Outros 24% relataram que os filhos usaram entre duas e três horas. Durante a pandemia, as crianças encontraram as telas como uma forma de se conectar ao mundo, em meio ao isolamento social e, apesar dos benefícios, das informações em tempo real, várias consequências foram exacerbadas: dependência digital, uso problemático das mídias, irritabilidade, ansiedade, transtornos do sono e de alimentação; problemas visuais, auditivos; risco de suicídio, dentre outros. Conclusão: É fato que o alto tempo de tela provoca alterações negativas no processo da infância por si só. A pandemia do SARS-CoV-2 amplificou essas consequências, em razão do isolamento social e aumento vertiginoso do uso telas. Assim, torna-se evidente, para uma infância plena e saudável, a necessidade de brincadeiras ativas e diminuição do tempo de telas conforme orientações da SBP e AAP.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com