Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é um quadro inflamatório crônico, que acomete vários órgãos, como: articulações, pele, coração, sistema nervoso, pulmões e rins. Sua etiologia envolve fatores genéticos e ambientais. Apesar de sua prevalência ser maior em adultos, também pode comprometer os jovens, levando a quadros mais severos. Assim, a Nefrite Lúpica (NL) é uma das manifestações que podem ocorrer no âmbito pediátrico. Essa condição é definida por uma lesão renal frequente e grave em crianças, e, portanto, relaciona-se às altas taxas de mortalidade infantil. Objetivos: O intuito desse trabalho é compreender como a Nefrite Lúpica se apresenta na infância frente aos quadros de LES. Metodologias: Trata-se de uma revisão da literatura que utilizou como base de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O descritor utilizado foi: Nefrite Lúpica Juvenil, no qual incluiu trabalhos nos idiomas inglês e português, entre os anos de 2017 e 2022. Resultados: Perante estudos revisados, constatou-se que cerca de 40% a 80% dos casos de LES na infância desenvolvem NL, sendo a faixa etária de 10 a 13 anos a mais comumente afetada. Além disso, a mortalidade infantil na NL é 19 vezes maior quando comparada à mortalidade de crianças hígidas, e podem apresentar manifestações clínicas variáveis, desde de: hematúria, proteinúria, síndrome nefrótica, lesão renal aguda ou crônica, lesões tubulointersticiais até glomerulonefrite. Entretanto, jovens possuem maior propensão a terem envolvimento de múltiplos órgãos internos, no começo da doença, do que os adultos. Contudo, nem sempre a sintomatologia reflete a gravidade do quadro clínico. Destarte, é necessário a realização da biópsia renal para caracterizar a NL e escolher um plano terapêutico adequado. Diante do resultado histológico, classifica-se a NL em classes que variam de I a VI, sendo que as classes III e IV constituem as formas mais comuns e mais graves da NL infantil. Conclusão: Dessa forma, conclui-se que a NL tem alto impacto negativo na sobrevida infantil, portanto, é necessário a busca por um diagnóstico e tratamento precoce, de forma a prevenir a progressão da doença à quadros severos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com