A Sífilis Congênita (SC) é resultante da transmissão hematogênica do Treponema Pallidum, da gestante infectada para o concepto via transplacentária. A transmissão vertical pode ocorrer em qualquer fase gestacional ou estágio da doença em mulheres não-tratadas. A ocorrência de aborto espontâneo, natimortos ou morte perinatal ocorre aproximadamente em 40% das crianças infectadas por mães não-tratadas. Na última década, observou-se aumento das notificações de SC de forma heterogênea pelo território nacional, a qual pode ter sido motivada por deficiências na oferta dos serviços de saúde. A SC é um grave problema de saúde, deste modo, faz-se necessário evidenciar os desafios dos serviços de saúde para reduzir a incidência da doença. Realizou-se revisão bibliográfica de artigos buscados na plataforma Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando no buscador a expressão “sífilis congênita”. Ademais, foram usados filtros de artigos na linguagem portuguesa brasileira, confeccionados nos últimos 5 anos e também marcada opção de texto completo. Dessa forma, foram selecionados 4 artigos que mais se adequavam a proposta. Entre as implicações que favoreceram o aumento da SC citam-se: aumento da testagem rápida para SC ou falta da mesma em algumas localidades, falha no abastecimento de penicilina benzatina para tratar a doença, profissionais incapacitados, pré-natal inadequado, não tratamento do parceiro favorecendo a recontaminação, baixo nível de escolaridade da gestante implicando no entendimento das orientações, entre outros. Adiciona-se o fato de muitas notificações sobre a SC estarem incompletas ou com vieses de preenchimento, dificultando as estratégias a serem adotadas para contenção do problema. Portanto, é imprescindível que haja melhorias nas políticas de saúde através de campanhas de promoção e prevenção contra a sífilis que alcancem a comunidade, além de, adequar os estoques de insumos utilizados no combate à doença. Além disso, proporcionar capacitação aos profissionais para que realizem pré-natal de qualidade e ofereçam manejo adequado da sífilis, garantindo a equidade no atendimento dos serviços de saúde para reduzir a transmissão vertical da doença.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com