Introdução: O câncer infantil é caracterizado pelo seu impacto na vida da criança e dos envolvidos, principalmente por provocar uma mudança na rotina familiar. Muitas vezes, o tratamento das crianças constitui-se de um conjunto de drogas que atua em várias fases do metabolismo celular, sendo responsável por diversas reações. Todos esses fatores são causadores de desconforto, estresse e sofrimento, além de possíveis internações prolongadas, que acabam afetando, não somente a criança, mas também o cuidador. Objetivo: Avaliar o impacto do câncer infantil na qualidade de vida relacionada à saúde mental do cuidador. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de estudos com dados coletados nas plataformas Pubmed, Scielo e LILACS. Utilizou-se os descritores “Cuidadores”, “Neoplasia Infantil” e “Saúde Mental”. Foram selecionadas literaturas em inglês e espanhol, relacionadas à temática, entre os anos de 2012 e 2021. Resultados: Evidenciou-se que há um comprometimento psicológico dos cuidadores de crianças com neoplasias, sobretudo das mães de crianças com diagnóstico de câncer, que realizam tratamentos específicos. Em geral, os cuidadores diante do adoecimento da criança e dos momentos difíceis vivenciados acabam negligenciando a sua própria saúde e necessitando de assistência médica e psicológica. Diante disso, foi demonstrado que a maioria dos cuidadores dedicavam, em média, 141,5 horas/semana à criança, acarretando uma situação de sobrecarga que refletiu nos próprios aspectos psicoemocionais. Ademais, fatores como: relacionamento do casal, ajuste à nova situação de vida, satisfação pessoal, orientações para o cuidado, suporte social e psicológico, idade da criança e tipo de neoplasia influenciaram no comprometimento da qualidade de vida e saúde mental dos cuidadores. Conclusão: Foi demonstrado que o tratamento do câncer infantil gera sobrecarga e comprometimento da qualidade de vida e da saúde mental do cuidador. Logo, é evidente a importância de uma equipe multidisciplinar que direcione propostas e estratégias que garantam uma relação de empatia com o cuidador. Com isso, baseando-se em intervenções para promoção e proteção da saúde do cuidador nos aspectos físicos, sociais e emocionais, a fim de reduzir a sobrecarga de cuidado e a manutenção da saúde mental e qualidade de vida.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com