INTRODUÇÃO: A sífilis congênita precoce se caracteriza por apresentar sinais e sintomas nos dois primeiros anos de vida do infante. A transmissão vertical da sífilis, da gestante para o bebê, ocorre por via transplacentária em qualquer período da gestação. No entanto, cerca de 99,5% dos neonatos com são diagnosticados com a doença no primeiro ano de vida. OBJETIVO: Analisar a incidência de sífilis congênita precoce em crianças diagnosticadas no primeiro ano de vida nas cinco regiões brasileiras no período de dez anos. METODOLOGIA: Estudo observacional transversal retrospectivo com base nos dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação de Sífilis Congênita (Sinan Net) publicados no Boletim Epidemiológico de Sífilis de 2021. RESULTADOS: Em um período de oito anos ocorreu aumento progressivo de 278% na taxa de incidência de sífilis congênita em crianças no primeiro ano de vida no Brasil, de 2,4 casos/1.000 nascidos vivos em 2010 para 9,0 em 2018. Nos anos de 2019 e 2020 houve redução de 14,4% e 9,4%, respectivamente em comparação à 2018, ou seja 8,5 em 2019 e 7,7 em 2020. O Sudeste foi a região brasileira que teve maior taxa de incidência quando comparada à nacional em 2020, com 8,9 casos/1.000 nascidos vivos. O Sul e o Sudeste tiveram taxas semelhantes à nacional. Já o Norte e Centro-Oeste tiveram taxas abaixo, com 5,8 e 5,1 casos/1.000 nascidos vivos, respectivamente. CONCLUSÃO: O aumento da notificação de casos de sífilis congênita, a partir de 2010, é consequência do maior índice de testagem na realização de um pré-natal centrado na atenção individual do paciente. A queda observada em 2020 pode ser explicada pelas restrições da pandemia, diminuindo os cuidados durante o pré-natal das gestantes. A maior taxa indicada no Sudeste é devido ao acesso do Sistema de Saúde aos dados de saúde populacionais da região. Assim, a média nacional fica abaixo da taxa do Sudeste por associar ao cálculo às taxas de regiões como o Norte e Centro-Oeste, cuja população ribeirinha e as longas distâncias entre os povoados das regiões dificulta o acesso aos testes confirmatórios.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com