Incidência de sífilis congênita precoce em menores de um ano no Brasil entre 2010 e 2020

  • Autor
  • Júlia Giongo Petrere
  • Co-autores
  • Francisco Júnior Lunelli , Júlia Catharina Pedrolo Henicka , José Ivo Scherer
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A sífilis congênita precoce se caracteriza por apresentar sinais e sintomas nos dois primeiros anos de vida do infante. A transmissão vertical da sífilis, da gestante para o bebê, ocorre por via transplacentária em qualquer período da gestação. No entanto, cerca de 99,5% dos neonatos com são diagnosticados com a doença no primeiro ano de vida. OBJETIVO: Analisar a incidência de sífilis congênita precoce em crianças diagnosticadas no primeiro ano de vida nas cinco regiões brasileiras no período de dez anos. METODOLOGIA:  Estudo observacional transversal retrospectivo com base nos dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação de Sífilis Congênita (Sinan Net) publicados no Boletim Epidemiológico de Sífilis de 2021. RESULTADOS: Em um período de oito anos ocorreu aumento progressivo de 278% na taxa de incidência de sífilis congênita em crianças no primeiro ano de vida no Brasil, de 2,4 casos/1.000 nascidos vivos em 2010 para 9,0 em 2018. Nos anos de 2019 e 2020 houve redução de 14,4% e 9,4%, respectivamente em comparação à 2018, ou seja 8,5 em 2019 e 7,7 em 2020. O Sudeste foi a região brasileira que teve maior taxa de incidência quando comparada à nacional em 2020, com 8,9 casos/1.000 nascidos vivos. O Sul e o Sudeste tiveram taxas semelhantes à nacional. Já o Norte e Centro-Oeste tiveram taxas abaixo, com 5,8 e 5,1 casos/1.000 nascidos vivos, respectivamente. CONCLUSÃO: O aumento da notificação de casos de sífilis congênita, a partir de 2010, é consequência do maior índice de testagem na realização de um pré-natal centrado na atenção individual do paciente. A queda observada em 2020 pode ser explicada pelas restrições da pandemia, diminuindo os cuidados durante o pré-natal das gestantes. A maior taxa indicada no Sudeste é devido ao acesso do Sistema de Saúde aos dados de saúde populacionais da região. Assim, a média nacional fica abaixo da taxa do Sudeste por associar ao cálculo às taxas de regiões como o Norte e Centro-Oeste, cuja população ribeirinha e as longas distâncias entre os povoados das regiões dificulta o acesso aos testes confirmatórios.

  • Palavras-chave
  • sífilis congênita, epidemiologia, gestante, neonato
  • Área Temática
  • Epidemiologia
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O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.

Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.

Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás

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