Introdução: O tempo gasto por crianças em frente às telas continua a aumentar, enquanto a duração do sono diminuiu cerca de 1 hora no último século. O sono está relacionado com a regulação hormonal e metabólica. Sabe-se que uma quantidade insuficiente de horas de sono é associada a prejuízos na saúde mental e física de crianças. Objetivos: Compreender os impactos do tempo de tela na qualidade do sono em crianças. Metodologia: Foram utilizados referenciais teóricos buscados nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), em um período de 10 anos (2012-2022). Os descritores foram: “Crianças”, “Sono”, “Tempo de tela", bem como os respectivos termos na língua inglesa. Foram selecionados 4 artigos ao total, sendo eles estudos observacionais e revisões de literatura. Resultados: Evidências indicam que a exposição a estímulos luminosos emitidos pelos aparelhos eletrônicos pode suprimir a produção de melatonina, causando uma perturbação circadiana e gerando sono inadequado, tanto em duração quanto em qualidade. Estudos mostraram que a exposição a estímulos luminosos por, no mínimo, 1,5 até 3 horas está relacionado com maior dificuldade para dormir. Essa exposição, primeiramente aos videogames, pode aumentar a excitação psicofisiológica, afetando a regulação simpática, podendo gerar um distúrbio no relaxamento antes de dormir e, consequentemente, causar um atraso no início do sono e uma diminuição no seu tempo. Um fator de risco importante é a condição socioeconômica, visto que estudos identificaram que crianças provenientes de famílias de baixa renda tendem a se expor mais aos estímulos luminosos gerados pelas telas. Conclusão: Um crescente número de literaturas associam o tempo de exposição excessivo às telas com impactos físicos, psicológicos, sociais e neurológicos prejudiciais à saúde das crianças. Sendo que essas crianças apresentam sono inadequado e maior estresse psicológico, inclinando para a desatenção. Portanto, profissionais da saúde devem se atentar para esses riscos relacionados à exposição excessiva das telas, considerando o fator socioeconômico e o estilo de vida dessas crianças de risco, incentivando os pais a limitarem o uso desses aparelhos eletrônicos e direcionando o tempo de uso para promoção do aprendizado.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com