Introdução: Os distúrbios na saúde mental infantil acarretam sérios problemas para a criança, seus familiares e toda comunidade. Em muitos casos, os sintomas são negligenciados e a criança desenvolve incontáveis traumas psicológicos influenciados por inúmeros fatores de risco ambientais e genéticos. A ansiedade intrafamiliar está associada a genes parentais herdados e a formação de ambientes negativos que afetam tanto as crianças quanto os familiares. Objetivos: Avaliar dimensões e características da influência genética no aparecimento de transtornos de depressão e ansiedade em crianças.Metodologia: Trata-se de uma Revisão Bibliográfica baseada na busca das palavras-chave "Genotype" AND ("child depression" OR "child anxiety") no PubMed. Inicialmente foram incluídos os resultados correspondentes ao tema após a leitura dos respectivos títulos e resumos. Publicações anteriores ao ano de 2012 foram utilizadas como critério de exclusão e, com isso, 29 artigos compuseram o texto final. Resultados: Variações genéticas e epigenéticas do gene transportador de serotonina têm sido relacionadas à etiologia da depressão. Além dos mecanismos moleculares, a exposição a fatores de risco de vida precoce, como depressão materna, parece afetar o desenvolvimento da depressão na vida pós-natal. A depressão materna durante a gestação pode alterar aspectos fisiológicos do ambiente intrauterino, como a exposição fetal a níveis alterados de glicocorticóides maternos e de citocinas pró-inflamatórias. Essas alterações podem interferir na programação epigenética do feto, resultando em desfechos emocionais e comportamentais adversos. Além disso, a exposição a fatores ambientais pós-parto também é um elemento-chave no desenvolvimento de transtornos psiquiátricos infantis, sendo que alterações epigenéticas nos genes relacionados a distúrbios comportamentais podem ocorrer como consequência de maus tratos. Conclusão: Observou-se que existem dois principais desafios enfrentados pela pesquisa de interação gene-ambiente: a necessidade de desenvolver métodos que incluam todo o genoma e que incluam e meçam de forma confiável todo o “ambiente” de ambientes relevantes. Os resultados suportam teorias de desenvolvimento que indicam que nos sintomas de ansiedade infantil, mães e pais podem desempenhar papéis únicos durante o desenvolvimento dos sintomas infantis e mais pesquisas são necessárias para avaliar os efeitos genéticos indiretos dos irmãos nos sintomas emocionais das crianças.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com