INTRODUÇÃO: Há um crescente aumento nas pesquisas sobre o uso de substâncias psicodélicas na medicina, especialmente no tratamento do Transtorno Depressivo Maior (TDM). Entre essas substâncias, a psilocibina, encontrada em certos cogumelos, destaca-se como promissora. Diferente dos tratamentos tradicionais, que podem demorar semanas para fazer efeito e causam diversos efeitos colaterais, a terapia com psilocibina tem mostrado proporcionar alívio rápido e duradouro dos sintomas depressivos. A eficácia potencial da psilocibina fortalece o argumento para sua inclusão no arsenal terapêutico dos profissionais de saúde mental. OBJETIVO: Analisar a eficácia do uso da psilocibina para o TDM. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão de literatura a partir da base de dados PubMed com os descritores “psilocybin”, “major depressive disorder” e “psychedelic-assisted therapy” bem como o operador booleano “AND”. Foram identificados 18 artigos. Destes, 8 foram considerados elegíveis por se enquadrarem no objetivo deste estudo. RESULTADOS: A psilocibina, um agonista dos receptores de serotonina 5-HT2A, possui efeitos antidepressivos, promovendo mudanças na conectividade neural e neuroplasticidade, resultando em um estado de consciência mais flexível e introspectivo. Estudos mostram que a psilocibina pode reduzir significativamente os sintomas de depressão em pacientes com TDM, com efeitos duradouros até seis meses após uma dose. Após duas sessões, 71% dos participantes experimentaram uma redução significativa dos sintomas. Durante as sessões, os pacientes relatam uma experiência mística com unidade, transcendência do tempo e espaço, e uma sensação de paz e compreensão, associada à redução duradoura dos sintomas e melhora do bem-estar emocional. Embora promissores, mais estudos são necessários para entender os mecanismos, eficácia e segurança da psilocibina a longo prazo. CONCLUSÃO: A psilocibina mostra-se uma alternativa promissora para o tratamento do TDM, proporcionando alívio rápido e duradouro dos sintomas. Apesar dos resultados iniciais positivos, são necessários mais estudos para confirmar sua eficácia, segurança e viabilidade ética e legal na prática clínica.
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VI Congresso dos Acadêmicos de Medicina
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