INTRODUÇÃO: Pneumoconioses são doenças pulmonares resultantes da inalação de poeiras no ambiente de trabalho. Os principais fatores de risco estão relacionados às condições laborais que podem ser prevenidas com equipamento de proteção individual. Os sintomas iniciais incluem dispneia e tosse, podendo evoluir para complicações e sintomas constitucionais. O tratamento envolve a necessidade de afastar o paciente da exposição à substância causadora. OBJETIVO: Investigar o perfil epidemiológico das pneumoconioses ocupacionais em Goiás. METODOLOGIA: Este é um estudo epidemiológico transversal e descritivo, utilizando dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A análise compreende o período de 2010 a 2023 no estado de Goiás. RESULTADOS: Durante o período analisado, foram registrados 127 casos de pneumoconiose relacionada ao trabalho, com a maioria ocorrendo em Goiânia/GO. Em relação à exposição, 82,67% dos casos foram associados à sílica, seguida pelo asbesto. A faixa etária mais prevalente foi de 30 a 49 anos, abrangendo 53,54% dos casos. Quanto ao nível de escolaridade, a maioria dos casos (70,86%) não teve essa informação registrada, assim como a raça, com 59,05% dos casos sem classificação específica. Entre os casos notificados com informação sobre raça, os pardos foram os mais prevalentes (n=32). O sexo masculino predominou, correspondendo a 95,27% dos casos. Em relação às complicações da doença, 50,39% dos casos apresentaram limitação crônica, enquanto 1,57% apresentaram câncer, 34,64% tuberculose, e 1,57% artrite reumatoide. A maior parte dos tratamentos (63,77%) foi realizada em regime ambulatorial. CONCLUSÃO: Este estudo epidemiológico proporcionou uma análise detalhada do panorama das pneumoconioses, revelando não apenas a incidência e distribuição da doença, mas também oferecendo percepções importantes sobre os fatores de risco, complicações e lacunas na notificação. Essas informações são essenciais para orientar o desenvolvimento de políticas públicas de saúde específicas.
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VI Congresso dos Acadêmicos de Medicina
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