INTRODUÇÃO: O microbioma intestinal vem se mostrando cada vez mais importante para a saúde, assim como os seus distúrbios advindos do tipo de parto, alimentação e antibióticos usados no intestino neonatal em desenvolvimento. OBJETIVO: Analisar os efeitos dos antibióticos administrados no início da vida sobre o microbioma intestinal em desenvolvimento e os distúrbios associados. METODOLOGIA: Esta revisão integrativa da literatura foi realizada utilizando a busca por artigos nas bases de dados PubMed, Periódicos CAPES e Biblioteca Virtual em Saúde, com os descritores “Microbioma intestinal”, “Antibiótico” e “Início da vida”. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados nos últimos 5 anos, disponíveis gratuitamente nas línguas portuguesa e inglesa. Os critérios de exclusão foram: pesquisas que não foram feitas com seres humanos, cartas, editoriais, revisões, relatos de caso e que não respondiam à pergunta norteadora “o uso de antibióticos em bebês está associado à alteração do microbioma intestinal em desenvolvimento que levam a certos distúrbios?”. RESULTADOS: De acordo com a análise dos artigos, a exposição aos antibióticos levou a uma menor diversidade de Bacteroidetes e ao atraso na colonização desses microrganismos, afetando o desenvolvimento da microbiota. Contudo, a administração de baixas doses de antibióticos em crianças com menos de um ano não influenciou a composição do microbiota intestinal nem as quantidades de produtos de fermentação bacteriana. Em relação aos distúrbios associados, observou-se uma relação com o comportamento social, ansiedade e agressividade, o que pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ademais, a microbiota intestinal alterada foi associada ao diabetes tipo 1 e ao aumento do risco de colite. CONCLUSÃO: Assim, o uso de antibióticos no desenvolvimento do microbioma intestinal em bebês mostrou-se ligado a implicações importantes para a composição do intestino e o desenvolvimento de distúrbios neuropsiquiátricos e doenças autoimunes.
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VI Congresso dos Acadêmicos de Medicina
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