INTRODUÇÃO: A função tireoidiana está intimamente ligada às funções neuropsíquicas. Embora seu papel na fisiopatologia dos transtornos psiquiátricos ainda não esteja completamente elucidado, alterações nos níveis dos hormônios tireoidianos podem estar associadas a mudanças na função cerebral na depressão. OBJETIVO: Analisar através da literatura a influência da função tireoidiana nos transtornos neurológicos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, nas bases de dados PubMed e Scielo, através dos descritores DeCS: “Glândula Tireoide”, “Hormônios Tireóideos” e “Doenças do Sistema Nervoso”. Foram incluídos artigos publicados nos últimos cinco anos; publicações em inglês e português, excluindo-se artigos não correspondentes ao tema. Os dados foram analisados de maneira descritiva, selecionando uma amostra final de quatro artigos. RESULTADOS: Duas hipóteses principais relacionam o hipotireoidismo e a depressão: a deficiência de serotonina e de noradrenalina no sistema nervoso central, que desempenham papel fundamental na patogênese da depressão. Os hormônios tireoidianos regulam a neurotransmissão serotoninérgica e noradrenérgica. Estudos mostraram níveis elevados de serotonina no córtex cerebral de ratos após administração de T3, e redução da síntese serotoninérgica no cérebro com hipotireoidismo. Ademais, a serotonina tem efeito inibitório na secreção do hormônio liberador de tireotropina (TRH), ativando o eixo hipotálamo-hipófise-tireoide quando os níveis de serotonina estão baixos. Disfunções nesse eixo podem alterar a secreção de hormônios tireoidianos, que pode influenciar o estado emocional e a saúde mental. Essa relação é bidirecional, enquanto a disfunção tireoidiana pode contribuir para desenvolver sintomas neuropsiquiátricos, condições psiquiátricas também podem afetar a função tireoidiana. CONCLUSÃO: Há uma ligação importante entre a função tireoidiana e os transtornos psiquiátricos, especialmente a depressão. Alterações nos hormônios tireoidianos, como no hipotireoidismo, afetam diretamente a neurotransmissão serotoninérgica e noradrenérgica. Entender essa interação é crucial para desenvolver melhores tratamentos para transtornos de humor ligados a disfunções tireoidianas, embora mais pesquisas sejam necessárias para esclarecer os mecanismos envolvidos.
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VI Congresso dos Acadêmicos de Medicina
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