INTRODUÇÃO: A leucemia relacionada à terapia, resultante da exposição a hematotoxinas e radiação, destaca o iodo radioativo usado no tratamento do câncer de tireoide. Embora eficaz na ablação de tecido tireoidiano residual, há preocupações quanto aos possíveis efeitos carcinogênicos, incluindo casos raros de leucemia Mieloide aguda após radioiodoterapia em pacientes mais velhos com doses cumulativas elevadas. OBJETIVO: Analisar a associação entre iodoterapia com o surgimento de leucemia Mieloide. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura mediante a pesquisa dos descritores DeCS: "Iodo”, “Leucemia Mieloide” e “Terapia", nas bases de dados Pubmed, SciELO e LILACS Foram considerados para inclusão os artigos publicados nos últimos quatro anos, englobando tanto publicações em inglês quanto em português, sendo utilizada como pergunta norteadora: “Há alguma correlação entre a terapia com iodo radioativo e o desenvolvimento de leucemia Mieloide crônica?”. Adicionalmente, foram excluídos aqueles que não estavam diretamente relacionados ao tema e que abordavam outras doenças ou disfunções, culminando na seleção de seis artigos, os quais foram analisados de maneira descritiva para compor esta revisão. RESULTADOS: A leucemia Mieloide associada à iodoterapia em doenças tireoidianas ocorre principalmente em homens com menos de 60 anos, com carcinoma papilífero ou carcinoma misto folicular-papilar da tireoide. Essa leucemia se desenvolve entre 4 e 7 anos após a exposição à I131, com uma relação linear entre a dose cumulativa e o risco. A radiação provoca danos celulares e mutações somáticas, resultando em oncogênese. Outros fatores que intensificam o risco incluem antimetabólitos, inibidores da topoisomerase 2 e predisposições genéticas. Leucemias geralmente ocorrem após doses superiores a 800 mCi, mas também podem surgir com doses menores. CONCLUSÃO: Sendo assim, conclui-se que há evidências sugerindo que a terapia com iodo radioativo está associada ao desenvolvimento de leucemia Mieloide crônica, mesmo em doses baixas, sendo necessário acompanhamento rigoroso para detectar precocemente distúrbios hematológicos.
Comissão Organizadora
VI Congresso dos Acadêmicos de Medicina
Presidente: Amanda Freitas Mendonça Firmino
Vice-presidente: Gabriel Gomes Ramos Jubé?
Secretaria: Maria Antônia Bonatto e Laís de Padua Diniz
Tesouraria: João Izza Neto e Maria Alice? Cavalcante
Temas: Ana Luiza Vaz Carvalho e Pedro Augusto Tavares?
Patrocínio: Ana Vitória de Araujo
Marketing: Marcos Barbosa?
Divulgação: Ana Luiza? Teles Moura Taveira
Infraestrutura: Natállia Gabriela Gomes Silva e Gabriel Neves Amaral
Administrativo: Leandro Soares e Gabriela Silvestre? Costa
Comissão Científica
Julie Paiva Souza