Introdução:O movimento de humanização do parto é uma resposta ao modelo biomédico tradicional, que frequentemente desconsidera a individualidade e as necessidades emocionais das parturientes. No Brasilesforços como o Projeto Apice On visam transformar práticas obstétricas para promover um cuidado mais centrado na mulher e no respeito à fisiologia natural do parto. A humanização do parto busca não apenas diminuir intervenções desnecessárias, mas também valorizar a autonomia e o protagonismo da mulher e sua família durante o nascimento.Objetivo:Analisar os desafios e percepções relacionadas à implementação de práticas humanizadas no parto, com foco no Projeto Apice On e nas práticas de enfermeiras obstétricas em um Centro de Parto Normal (CPN) no Brasil.Metodologia:Foi adotada uma abordagem qualitativa, com a realização de entrevistas semiestruturadas e grupos focais com 24 profissionais de saúde de uma unidade de internação e centro obstétrico. Adicionalmente entrevistas com 11 enfermeiras obstétricas do CPN Haydeê Pereira Sena. Este estudo também incluiu a revisão de literatura e análise de dados secundários provenientes de documentos institucionais e registros hospitalares.Resultados:As enfermeiras obstétricas destacam a importância de um cuidado pré-natal humanizado, que cria vínculos e garante a autonomia das mulheres. Práticas como evitar episiotomias desnecessárias, e promover o uso de tecnologias não invasivas são consideradas essenciais para um parto humanizado?. Ademais, os principais desafios identificados na implementação do Projeto Apice On incluem: gestão ineficaz e infraestrutura inadequada; formação insuficiente; e resistência cultural dentro das instituições hospitalares. Apesar dos desafios, a implementação de práticas humanizadas mostrou benefícios claros, como maior satisfação das parturientes, redução na taxa de intervenções desnecessárias e melhora nos desfechos materno-infantis.Conclusão:A implementação de práticas humanizadas no parto é um processo complexo que exige mudanças estruturais e culturais significativas dentro das instituições de saúde. A gestão eficiente, melhoria da infraestrutura e formação contínua dos profissionais de saúde são essenciais para superar os desafios identificados.
Comissão Organizadora
VI Congresso dos Acadêmicos de Medicina
Presidente: Amanda Freitas Mendonça Firmino
Vice-presidente: Gabriel Gomes Ramos Jubé?
Secretaria: Maria Antônia Bonatto e Laís de Padua Diniz
Tesouraria: João Izza Neto e Maria Alice? Cavalcante
Temas: Ana Luiza Vaz Carvalho e Pedro Augusto Tavares?
Patrocínio: Ana Vitória de Araujo
Marketing: Marcos Barbosa?
Divulgação: Ana Luiza? Teles Moura Taveira
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Administrativo: Leandro Soares e Gabriela Silvestre? Costa
Comissão Científica
Julie Paiva Souza