O sistema cardíaco e o circulatório necessitam funcionar de forma sincronizada, e se houver alterações num destes sistemas levará a disfunções no outro, com isto, um dos maiores desafios para conseguir manter uma reanimação cardiopulmonar (RCP) de alta qualidade é ter um ritmo de compressões bom e o mínimo de interrupções para que a atuação seja de forma a promover a recuperação do estado neurológico evitando um dano maior. O estudo apresentado trata-se de um relato de experiência de um trabalho realizado por acadêmicos de Enfermagem e Fisioterapia da faculdade Estácio de Campo Grande – MS, em parceria com a Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul, foram selecionados 14 membros com idades que variam entre 10 e 15 anos no qual receberam treinamento teórico prévio sobre a fisiologia cardiorrespiratória e RCP. Posteriormente foram submetidos ao treinamento prático, onde buscou-se através de pesquisas e debates qual seria a melhor metodologia de ensino para aplicar aos adolescentes, para que facilitasse o entendimento de como seria um ritmo de compressões adequado. Após isso foi encontrado algumas músicas que possuem a batida com ritmos próximos do ideal em uma RCP, foi escolhida a música Styin'Alive da banda Bee Gees, pois, conforme a American Heart Association essa música é a que mais se aproxima do necessário para cadenciar as compressões em uma RCP. Como resultado obteve-se uma RCP de alta qualidade, pois com ritmo da música que possui entre 100 e120 batidas por minuto, foi possível alcançar a frequência desejada e profundidade com o mínimo de interrupções, garantindo uma pressão de perfusão coronariana ideal. Logo conclui-se que a música pode ser usada em treinamentos para leigos como um método didático e atrativo, além de ajudar a cadenciar as compreensões torácicas garantindo os níveis exigidos para uma RCP de alta qualidade que garanta a pressão de perfusão coronariana mínima para fazer todo o fluxo sanguíneo circular pelo corpo e evitando possíveis danos cerebrais.