EVENTO TROMBOEMBÓLICO DESENCADEADO POR MIOCARDIOPATIA NÃO COMPACTADA: RELATO DE CASO

  • Autor
  • JESSIKA SALAZAR DURIGON
  • Co-autores
  • DANILO UMETSU , EMERSON GONÇALO PEREIRA FILHO , ÉRICA DE ALMEIDA GATTASS , MAINARA QUEIRÓZ UMBELINO PADILHA , NARA ALESSANDRA OKAMOTO , PRISCILA MAYUMI DE MELO , RAÍZA SILVEIRA DA COSTA
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A miocardiopatia não compactada (MNC) é uma doença rara, caracterizada por alteração da parede do miocárdica devido à proeminência de suas trabeculações com recessos intertrabeculares profundos que podem ser secundários à parada intrauterina da compactação miocárdica iniciada no período embriológico, podendo se manifestar na infância ou na vida adulta. É uma doença subdiagnosticada devido sintomatologia variada e até mesmo desencadear arritmias, eventos tromboembólicos e insuficiência cardíaca. A prevalência da MNC na população geral ainda não foi determinada, no entanto, em estudos mais recentes determinaram uma prevalência da doença em membros de famílias afetadas em torno de 18 a 50%. OBJETIVO: Relatar o diagnóstico de MNC com manifestação inicial de isquemia mesentérica. MÉTODO: Revisão de prontuário de paciente atendida pela Cardiologia. RESULTADO: Trata-se de uma paciente, 51 anos, raça negra, hipertensa, dislipidêmica, irmão com morte súbita aos 52 anos e pai aos 45 anos. Internada em um hospital de Campo Grande/MS, com sintomas de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e episódios de dor abdominal pós prandial. Realizado ecocardiograma transtorácico (ECO TT) o qual apresentava hipocinesia difusa com fração ejeção do ventrículo esquerdo reduzida (FEVE) com trombo em ventrículo esquerdo (VE), realizado tomografia computadorizada de abdome com contraste evidenciando trombo sub-oclusivo em artéria mesentérica superior. Instituído terapêutica otimizada para ICC e anticoagulação. Para o diagnóstico etiológico da ICC foi realizado ressonância nuclear magnética cardíaca, com resultado de MNC (relação de MNC/compactado: apical lateral 2,74 e médio ântero-lateral 3,32), trombo em VE e FEVE 34%. Durante a internação evoluiu com arritmia maligna e parada cardiorrespiratória, posteriormente foi implantado um cardiodesfibrilador implantável. Recebeu alta para seguimento ambulatorial com tratamento otimizado para insuficiência cardíaca e anticoagulação oral. CONCLUSÃO: Com o avanço dos exames de imagem tem aumentado o diagnóstico de MNC, melhorando a terapêutica e prevenindo desfechos desfavoráveis e até mesmo fatais. Como descrito no caso, a evolução clínica com o exame de imagem foi essencial para condução do quadro.

  • Palavras-chave
  • Cardiomiopatias, insuficiência cardíaca, anomalias congênitas
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • CARDIOLOGIA
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