A parada cardiorrespiratória (PCR) é a maior causa de morte no ambiente extra hospitalar, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia em 2017 houveram 383.961 mortes causadas por problema cardíaco no Brasil, no estado de Mato Grosso do Sul foram notificados 1.388 óbitos por problemas cardíacos em domicílio, conforme o Ministério da Saúde DATASUS e 499 somente na capital. Ao contrário dos países norte-americanos, o Brasil não possui a cultura do treinamento de primeiros socorros na fase escolar, se implementado poderia influenciar positivamente na queda do número óbitos. Se a cadeia da sobrevivência for aplicada a uma vítima de PCR, ela terá uma chance de sobrevida maior. O presente estudo objetivou-se em capacitar adolescentes na abordagem da RCP aplicando a cadeia de sobrevivência ao socorrista leigo. O estudo aqui apresentado trata-se de um relato de experiência onde acadêmicos dos cursos de Enfermagem e Fisioterapia da Faculdade Estácio de Campo Grande - MS, iniciaram um projeto de extensão, Florestinha Salvando Vidas, em parceria com a Policia Militar Ambiental. Participaram 14 integrantes com idades variadas entre 10 e 15 anos e tiveram 13 aulas teóricas e práticas com duração de 4 horas cada aula. Os temas abordados foram reanimação cardiopulmonar de alta qualidade para leigos. A didática adotada foram oficinas com os elos da cadeia de sobrevivência, gincanas, jogo da memória com o algoritmo de RCP, banners informativos para auxílio durante as aulas. Como resultado buscou-se facilitar o aprendizado e a memorização dos passos de uma RCP capacitando os jovens a agirem de maneira rápida e segura e prepara-los para serem disseminadores do conhecimento adquirido. Conclui-se que, crianças podem contribuir para um bom desfecho dos casos de PCR extra hospitalares que chegam ao suporte avançado pois elas são capazes de proporcionar um atendimento rápido e seguro podendo aumentar as chances da vítima.