ESTENOSE AÓRTICA GRAVE SEM HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA NO ECG, É POSSÍVEL? RELATO DE CASO

  • Autor
  • DANILO UMETSU
  • Co-autores
  • RODRIGO DAGHLAWI MACHADO , GERALDO CAVALCANTI PEREIRA JUNIOR , JUAN ARMANDO TALAVERA SOTO , RAPHAEL MARION PESINATO
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A Estenose Aórtica (EAo) é caracterizada pela obstrução ao fluxo sanguíneo da via de saída do ventrículo esquerdo (VE). . OBJETIVO: Relatar um caso de EAo grave sem hipertrofia ventricular esquerda (HVE) no eletrocardiograma (ECG). MÉTODOS: Revisão de prontuário de paciente atendido pela Cardiologia. RESULTADO: Paciente 58 anos, feminino, sem comorbidades, refere dispneia há 1 ano com piora há 4 meses, associado a dispneia paroxística noturna e ortopneia. Exame físico cardiovascular, ritmo cardíaco regular, sopro sistólico (SS) ejetivo no 2º espaço intercostal direito em diamante com irradicação para o pescoço, associado a um SS ejetivo em borda esternal esquerda baixa (BEEB) irradiado para borda esternal direita.Ao ECG, ritmo sinusal, SÂQRS + 60º, sobrecarga atrial esquerda, alteração de repolarização em parede lateral, ausência de HVE. Ao Ecocardigrama, cavidades cardíacas de diâmetros normais, HVE concêntrica de grau discreto (indice de massa 127 g/m²) fração de ejeção do VE 66%, EAo grave, trivalvar, bicúspidizada, gradiente sistólico máximo de 80 mmHg, médio de 45 mmHg, área valvar de 0,85 cm². Evidência de comunicação interventricular (CIV) do tipo perimembranosa subaortica medindo 8 mm com shunt esquerda/direta, com gradiente sistólico máximo de 95 mmHg. CONCLUSÃO: Na EAo grave a sobrecarga sistólica aumentada de maneira perpetuada leva a uma HVE concêntrica, associado a uma parede ventricular espessada, mas com tamanho cavitário normal ou quase normal. Os exames de imagens são útil para avaliar HVE e o ECG geralmente mostrara sinais de HVE, exceto nos casos de existir uma fuga da pressão intraventricular tipo a CIV concomitante, o que evita o aumento da sobrecarga de pressãdo VE e consequentemente não havera desenvolvimento de HVE. No exame físico a presença de um SS ejetivo em BEEB associado a SS ejetivo nos focos da base cardíaca típico de EAo deve levantar a suspeita da coexistência de CIV o que explicaria a ausência de HVE. O ECG resulta numa maneira rápida e barata de avaliar HVE, associado ao exame físico é possível suspeitar do diagnóstico . A presença de HVE em um paciente com sopro compatível com EAo reforçaria tal hipótese, e sua ausência, associado a outro sopro levaria a suspeita de um segundo acometimento associado. PALAVRAS-CHAVE: estenose aórtica, hipertrofia ventricular, comunicação intraventricular.

  • Palavras-chave
  • estenose aórtica, hipertrofia ventricular, comunicação intraventricular.
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  • Área Temática
  • CARDIOLOGIA
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