DOENÇA CORONARIANA MICROVASCULAR: ANGINA MICROVASCULAR EM PACIENTE TABAGISTA E DIABÉTICO - RELATO DE CASO

  • Autor
  • Mário Salomão Cury Pires
  • Co-autores
  • Thainá Alves Tamburro , Ayla Ludimila Ferreira Zorzi , Maycon Douglas Targino de Souza , Eduarda Lanzarini Lins , Tiago Yuta Yamaguti Maziero , Fernanda Almeida Andrade , André Moreira Mahmoud , Raiza Silveira da Costa , Jéssika Salazar Durigon , Selma Guimarães
  • Resumo
  • Introdução: A doença coronariana microvascular (DCM) consiste na presença de angina típica e ausência de lesões ateroscleróticas confirmada por angiografia, ocorre devido a uma resistência da autoregulação do fluxo coronariano, sem lesão aterosclerótica. A DCM é subdiagnosticada, e pode apresentar testes funcionais normais. Seu prognóstico é reservado por risco de infarto e outros eventos. A fisiopatologia se relaciona principalmente à resistência insulínica e tabagismo. Objetivo: Relatar a importância da DCM como diagnóstico das doenças isquêmicas. Relato de caso: Homem, 58 anos, encaminhado por dispneia aos moderados esforços e melhora ao repouso, associada a mal-estar e sudorese, duração de 5 minutos. Referia dor torácica típica há 10 dias, tipo peso, desencadeada após esforço leve; permaneceu internado por 1 dia, com solicitação de cintilografia miocárdica, essa com defeito de perfusão de 14% do ventrículo com queda da função ventricular e teste ergométrico isquêmico, sem angina durante o exame. Na admissão apresentava-se assintomático. Antecedentes de HAS e DM2 há 20 anos, em uso de metformina+vildagliptina, glicazida e valsartana+hidroclorotiazida. Tabagista 100 anos-maço. Por apesentar escore TIMI de alto risco e cintilografia alterada, realizou cateterismo, o qual foi normal. Foi encaminhado ao teste ergométrico com 48 horas de uso de cardizem 120mg de12/12 horas o qual não houve alteração clínica e eletrocardiográfica, recebeu alta para seguimento ambulatorial e realização de tomografia de coerência óptica (OCT) para evidência de disfunção endotelial. Discussão: Há uma resistência do tônus vascular da microcirculação coronariana por vasoconstritores locais e citocinas inflamatórias aumentadas e redução da capacidade vasodilatadora. A DCM foi encontrada em tabagistas assintomáticos, com reserva de fluxo 21% menor comparada aos não tabagistas. O diabetes eleva a vasoconstrição endotelial e trombose, com diminuição de reserva de fluxo. O diltiazem, bloqueador dos canais de cálcio (BCC) produz vasodilatação importante.  Conclusão: É importante a suspeição e subsequente diagnóstico da DCM uma vez que pode levar a eventos cardiovasculares e pior prognóstico a longo prazo. Assim como, o tratamento com uso de IECA, betabloqueadores, BCC, estatinas e mudanças nos hábitos de vida pode elevar a reserva microvascular com redução da isquemia. 

  • Palavras-chave
  • Doença coronariana microvascular, angina microvascular
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  • CARDIOLOGIA
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