Os acidentes de trabalho com material biológico (ATMB) que acometem os profissionais da Saúde, principalmente as trabalhadoras de enfermagem, representam graves problemas nas instituições de saúde, pela frequência com que ocorrem e pela gravidade da repercussão do acidente sobre a saúde das trabalhadoras. A temática abordada objetivou analisar a repercussão do ATMB na vida profissional das trabalhadoras da enfermagem em um hospital público do estado do Ceará, referenciado em doenças infecciosas e no tratamento do HIV/Aids, bem como, descrever a ocorrência desses acidentes identificando os sentimentos manifestados pelas trabalhadoras e a interferência desses no cotidiano do seu trabalho. Além da pesquisa bibliográfica, realizou-se um estudo analítico descritivo, do tipo exploratório com abordagem qualitativa, através da técnica da entrevista gravada com as trabalhadoras de enfermagem da referida instituição. O projeto foi previamente analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição. Fizeram parte do estudo enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem. Como método de tratamento dos dados, utilizou-se a análise de discurso de Minayo, coletados através da técnica da entrevista gravada mediante aplicação de um questionário semiestruturado, dividido em duas partes, na primeira constando os dados de identificação do sujeito e, na segunda, perguntas direcionadas aos objetivos da pesquisa. O estudo revelou que os ATMB sofridos pelas trabalhadoras causaram grande angustia e sofrimento psíquico e suas falas demonstraram um grande temor em relação à possibilidade de uma possível soroconversão da positividade; a maioria dos acidentes foram ocasionados por instrumentos perfurocortantes durante a realização de venopunção e uma minoria por respingo de secreção na mucosa ocular; constatou-se também que além do sofrimento psíquico e dos efeitos colaterais dos antirretrovirais, a maioria das trabalhadoras não se afastaram dos seus postos de trabalho para evitar danos financeiros nos seus salários; observou-se nos discursos das trabalhadoras descontentamentos em relação a falta de um profissional psicólogo na instituição para acompanhamento psicológico, pois esse tipo de acidente causa um grande desgaste emocional na vida desses profissionais; evidenciou-se ainda que a maioria das trabalhadoras fizeram seguimento à conduta do protocolo do ATMB. Conclui-se que a enfermagem é uma categoria de alto risco para os ATMB, sendo necessário adotar medidas preventivas como uso adequado de EPI’s, o manuseio e descarte correto dos materiais perfurocortantes, e principalmente a implementação da norma regulamentadora da saúde-NR 32, que trata das diretrizes de medidas de proteção e segurança no serviço de saúde, bem como a criação de um serviço de psicologia na instituição para acompanhamento dos trabalhadores em casos de acidentes, principalmente com ATMB.
DESCRITORES: Enfermagem, Acidente de trabalho. Exposição a material biológico.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
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