PERCEPÇÃO DOS FAMILIARES DE RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS SOBRE O CUIDADO CENTRADO NA FAMÍLIA

PERCEPÇÃO DOS FAMILIARES DE RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS SOBRE O CUIDADO CENTRADO NA FAMÍLIA

• Autor
• Tamires Mesquita de Sousa
• Co-autores
• Ana Cláudia Torres França , Viviane Martins da Silva , Leonardo Alexandrino da Silva
• Resumo

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  O modelo do cuidado centrado na família tem como ênfase a tríade terapêutica profissional-paciente-família com intuito de aumentar a adesão e melhorar os resultados no tratamento. Em relação ao recém-nascido (RN) de risco, esse tipo de cuidado torna-se mais relevante pois aumenta a autoconfiança e a segurança dos pais no cuidado ao RN, bem como diminui o tempo de hospitalização atual e o número de reinternações. Para isso ocorrer, o modelo baseia-se no compartilhamento de informações, acesso sem restrições ao RN e participação ativa dos pais em tomada de decisões relacionadas ao cuidado. Diante disso, o objetivo do estudo foi identificar a percepção dos familiares de recém-nascidos internados sobre o cuidado centrado na família. Estudo transversal com 71 pais de recém-nascidos internados nas unidades de cuidados intermediários e alto risco de uma maternidade de referência em Fortaleza, Ceará. Para coleta de dados, foi utilizado um instrumento autoaplicável intitulado “Percepção do Cuidado Centrado na Família – Pais versão brasileira”. Esse instrumento é uma adaptação transcultural de Perceptions of Family Centered Care- Parent (PFCC-P) que foi desenvolvido para medir as perspectivas dos pais em relação ao cuidado centrado na família na pediatria. Neste estudo, os pontos de corte adotados para classificar o tipo de cuidado foram: 1 – 1,9 (cuidado centrado na família inadequado); 2 – 2,9 (cuidado centrado na família regular); 3 – 4 (cuidado centrado na família adequado).  Os aspectos éticos foram respeitados. Quanto aos resultados, a maioria dos participantes eram do sexo feminino (98,6%) com mediana de idade de 28 anos e residiam em Fortaleza (77,5%). Em relação aos RN, 60,6% estavam internados nas unidades de cuidados intermediários, sendo que 73,2% tinham a prematuridade como causa de internação. O escore total do instrumento obteve uma mediana de 3,05 pontos, sendo classificado como modelo centrado na família adequado. A maioria dos participantes afirmaram, a saber: ter outros membros da família bem-vindos ao hospital (70,4%); conseguir acompanhar os RN em procedimentos (70,4%); conseguir fazer perguntas sobre o tratamento (74,6%); acreditar que a privacidade das informações do RN é mantida (91,5%); sentir-se preparado para alta/encaminhamento (77,5%); receber informações honestas (84,5%) e acreditar que a equipe escuta suas preocupações (69,0%). Ademais, 49,3% assinalaram que sempre tem a família incluída no cuidado do RN e 46,3% afirmaram que sabem quem são os profissionais que oferecem assistência ao seu filho. Portanto, percebe-se que, neste estudo, o modelo de cuidado é centrado na família, enfatizando a importância da sensibilização e humanização da equipe multiprofissional em inserir a família na rotina de cuidados em unidades neonatais.

   

  Descritores: Recém-Nascido. Cuidados de Enfermagem. Família.

   

   

   

• Palavras-chave
• Recém-Nascido. Cuidados de Enfermagem. Família.
• Área Temática
• ENFERMAGEM EM SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE (Aleitamento Materno; Neonatologia; Pediatria; Hebiatria; Saúde escolar)