A partir do movimento de reforma psiquiátrica no Brasil, o cuidado de enfermagem passou a considerar o sujeito em sofrimento psíquico em seu contexto biopsicossocial, superando o paradigma de tutela antes presente na saúde mental. A consulta de enfermagem é uma tecnologia de cuidado que proporciona o estabelecimento de vínculo e relacionamento terapêutico entre profissionais e usuários em sofrimento psíquico, devendo ser pautada na noção de cuidado, ajudando os pacientes a promover autonomia e inclusão social por meio de tomada de decisões terapêuticas (GARCIA et al., 2017). Relatar a experiência vivenciada por enfermeiros na consulta de enfermagem no ambulatório de saúde mental de um hospital universitário. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre a consulta de enfermagem em saúde mental realizada por enfermeiras do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), localizado em Fortaleza-CE, no período de março de 2018 a setembro de 2019. Os pacientes do ambulatório de saúde mental são encaminhados para as consultas de enfermagem a partir de uma demanda surgida pela equipe multidisciplinar. As consultas ocorrem semanalmente e contam com a supervisão de um preceptor. O cuidado de enfermagem é realizado através de uma abordagem integral para identificar as transformações ocorridas no processo saúde-doença do sujeito em sofrimento psíquico, atuando de forma integrada com as demais redes de atenção à saúde, possibilitando conhecimento da história dos pacientes e o levantamento de problemas para, em seguida, serem realizadas orientações que busquem atingir um resultado. A partir da consulta de enfermagem no ambulatório de saúde mental é possível criar espaços de discussões das demandas de saúde do paciente em sofrimento psíquico, por meio de uma escuta qualificada. São elaboradas estratégias para o cuidado, incluindo a utilização de instrumentos próprios de enfermagem, práticas integrativas e complementares, psicoeducação e utilização do processo de enfermagem como um todo, tornando possível a operacionalização do cuidado de enfermagem em saúde mental. Os principais problemas são identificados e listados durante a consulta, favorecendo o contato mais próximo com o paciente através do vínculo, da segurança e da ajuda no enfrentamento de situações conflitantes muito comuns nos transtornos mentais, respeitando a individualidade de cada paciente. A vivência de enfermeiros na consulta de enfermagem em saúde mental reflete inúmeras contribuições terapêuticas como a promoção da saúde mental e o resgate da autonomia dos pacientes. Observamos ainda, contribuições na formação e qualificação de enfermeiros residentes em saúde mental. Espera-se que essa prática se aperfeiçoe e se amplie, em função da crescente demanda em saúde mental nos últimos anos, buscando sempre a excelência no atendimento, sob a ótica dos princípios e diretrizes do SUS.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
ATENÇÃO:
Para mais informações sobre as exigências para submissão dos trabalhos, acesse o link com o editlai completo: Edital para submissão e apresentação de trabalhos Científico.
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