O transplante renal é um procedimento cirúrgico que consiste no implante de um rim saudável de uma pessoa para outra com doença terminal para compensar ou substituir a função que o órgão não pode mais desempenhar. O estudo tem por finalidade comparar as características clínicas dos receptores de transplante renal provenientes de um mesmo doador. Trata-se de um estudo descritivo, documental e retrospectivo, com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada na unidade de transplante renal de um Hospital Público Terciário do Município de Fortaleza, centro de referência em todo o Estado. Amostra foi composta por 35 pares de receptores que receberam o rim de um mesmo doador. A coleta de dados aconteceu em janeiro a maio de 2018. Foram excluídos os transplantes de criança e transplantes duplos. Os pares de rim, ou seja, os pacientes que receberam os rins de um mesmo doador falecido foram divididos em dois grupos, denominados Grupo A e Grupo B. O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do referido hospital com parecer de número 070705/17. Ambos os grupos, A e B, em relação às características gerais foram semelhantes para sexo, doença de base, comorbidades e tempo em hemodiálise, sendo a maioria composta por homens, portadores de doença renal crônica de etiologia indeterminada, hipertensos e que dialisaram entre 13 a 36 meses antes de realizar o transplante. A faixa etária de maior prevalência no Grupo A foi a de menores de 18 anos, correspondendo a 28,6% e no grupo B, foi entre 40 a 50 anos com 25,7%. A comorbidade com maior prevalência em ambos os grupos foi a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), com 65,7% (Grupo A) e 71,4% (Grupo B). Em relação ao painel reativo de anticorpos no grupo A, foi predominante o de zero a 10%, com 77,1% enquanto que no grupo B correspondeu a 74,2%. Relacionado à disfunção do enxerto após o transplante o grupo A apresentou um percentual de 88,6% enquanto o grupo B apresentou apenas 34,4%. A média de internação do grupo A foi de 10 dias enquanto a média do grupo B foi de 14 dias. Foram identificados um total de 26 complicações no grupo A e 23 complicações no grupo B, considerando que um paciente poderia apresentar mais de uma complicação durante a internação, sendo as mais prevalentes as infecções e as complicações cirúrgicas. Relacionado ao marcador da função renal pela creatinina percebeu-se que no primeiro mês após o transplante, havia no Grupo A 23 pacientes com creatinina menor ou igual a 1,6mg/dL e 18 pacientes no Grupo B. Com base nos dados apresentados, constatou-se que, dadas as semelhanças entre os grupos quanto ao sexo, doença de base, comorbidades, tempo em hemodiálise e painel reativo de anticorpos as características definidoras de piores desfechos foram a ocorrência de disfunção do enxerto, elevado tempo de internação hospitalar e complicações cirúrgicas como trombose, ruptura e disfunção do enxerto.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
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