O aborto constitui um grave problema de saúde no Brasil e a magnitude do seu problema se dá tanto pela quantidade de ocorrências como pelas complicações à saúde que podem ser evitadas ou reduzidas com a oferta de uma assistência adequada. Diante disso, o estudo objetivou analisar a assistência à saúde ofertada às mulheres em situação de abortamento em uma maternidade pública. Trata-se de um estudo descritivo, com delineamento transversal e abordagem quantitativa, realizado em uma maternidade localizada na região metropolitana do Cariri, Ceará. Participaram do estudo 140 mulheres em situação de abortamento que atenderam aos critérios de inclusão: mulheres internadas por abortamento, com idade igual ou maior a 18 anos, e de exclusão: casos de aborto previsto por lei, gravidez ectópica e neoplasia trofoblástica gestacional. A coleta de dados ocorreu entre março e novembro de 2017 e utilizou um formulário estruturado composto por questões sociodemográficas, obstétricas e sobre a assistência recebida. Os dados foram organizados no programa Microsoft Excel versão 7.0 e depois transportados para o software Rstudio (versão 386 3.2.4) para a aplicação da análise estatística, em apresentados por meio de gráficos e tabelas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Cariri – URCA conforme o parecer nº 1.940.776. As mulheres caracterizaram-se como adulto-jovens, com média de idade de 27,29 anos, 69% eram pardas, 61% concluíram o ensino médio, 43% mantinham união estável, 52% não trabalhavam. Sobre o perfil obstétrico, 59% tinham filhos, com média de um filho e 72% não tinham nenhum aborto anterior. Sobre a assistência recebida, em todos os casos o desfecho foi a alta, a maioria das mulheres (81%) considerou adequado o tempo entre a chegada a maternidade e o primeiro exame, 75% se sentiram constrangidas durante os exames antes do procedimento, por conta da presença de outras pessoas, menos da metade (47%) foram informadas sobre qual o tipo de esvaziamento uterino seria realizado. Após o procedimento, ao serem perguntadas sobre a técnica: curetagem (82%), não souberam informar (17%), Amiu (1%). Menos da metade (49%) receberam orientações após a alta, 18% tiveram consulta e revisão agendada, 19% receberam informações sobre planejamento familiar, 38% tiveram prescrição de método contraceptivo e orientação sobre onde obter o método, e 53% receberam orientação sobre o risco de gravidez. Sobre o profissional que realizou assistência, 52% médico, 38% médico e enfermeiro. A pesquisa mostra que a continuidade da assistência e os cuidados pós-alta estão distantes do que propõe a Norma Técnica de Atenção ao Abortamento, o que demonstra a importância do continuo debate sobre a necessidade de assistência qualificada ao pré e pós-abortamento pela enfermagem e toda a equipe multiprofissional que oferece assistência a essas mulheres.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
ATENÇÃO:
Para mais informações sobre as exigências para submissão dos trabalhos, acesse o link com o editlai completo: Edital para submissão e apresentação de trabalhos Científico.
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