EPIDEMIOLOGIA DA MORTALIDADE MATERNA NO CEARÁ NO PERÍODO DE 2007 a 2017

  • Autor
  • Nayara Santana Brito
  • Co-autores
  • Luana Silva de Sousa , Francisca Josiane Barros Pereira Nunes , Raissa Emanuelle Medeiros Souto , Dafne Paiva Rodrigues
  • Resumo
  • A mortalidade materna é todo óbito ocorrido durante a gestação ou até 42 dias do seu término, independentemente da localização ou duração da gravidez, seja por causas obstétricas diretas ou indiretas. A OMS considera razoável até 20 óbitos maternos, por 100 mil nascidos vivos. No Ceará, a mortalidade materna tem se configurado como uma questão iminente de saúde pública, o número de óbitos maternos ocorridos levou o estado a participar do projeto Zero Morte Materna por Hemorragias. O estudo do perfil da mortalidade de uma população é indispensável para subsidiar políticas públicas que visem as melhorias das condições de saúde da mesma. Assim, este trabalho objetivou analisar o perfil epidemiológico da mortalidade materna no estado do Ceará entre 2007 e 2017. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais, tendo como unidade de análise os óbitos maternos ocorridos no estado do Ceará no período de 2007 a 2017. Os dados foram obtidos no DATASUS, através do SIM. Os dados socioeconômicos e demográficos e as projeções intercensitárias foram obtidas através do IBGE. OS dados foram analisados através do TABNET e dispostos em gráficos através do Microsoft Excel versão 7.0, os cálculos foram executados através do site TerraView versão 4.2.2. O estudo foi realizado utilizando dados secundários de domínio público e não houve necessidade de apreciação por comitê de ética. Durante o período em estudo foram registrados no SIM, 905 óbitos maternos no Ceará. O número de nascidos vivos no mesmo período foi de 1.423.556.  Sobre o perfil, a mortalidade materna foi maior na faixa etária 30-39 anos, com 39,89% dos casos, 70,39% das mulheres eram pardas, 50,28% solteiras e 27,51% estudaram de 8 a 11 anos. A média da taxa de mortalidade materna nos 10 anos foi de 64 mortes maternas por 100.000 nascidos vivos, o ano de 2015 teve a menor taxa com 49 mortes por 100.000 nascidos vivos e 2013 a maior, com 74 mortes por 100.000 nascidos vivos.  Em relação a causa, 69,94% foram por causa obstétricas diretas, 27, 18% por causa obstétricas indiretas e 2,88% por causa obstétrica não identificada. Sobre a categoria do CID-10, as principais causas foram: outras doenças da mãe, classificadas em outra parte, mas que complicam a gravidez, parto e puerpério (20,88%), eclampsia (12,82%), hipertensão gestacional com proteinúria (7,51%), embolia de origem obstétrica (5,41%), complicações do puerpério (5,41%), hemorragia pós-parto (5,30%). Os estudo mostra que a mortalidade materna ainda possui valores elevados no Ceará e a ocorrência de mortes por causas diretas demonstra que as mulheres estão indo a óbito por causas que poderiam ser evitadas ou tratadas, o que aponta os problemas na organização do sistema de saúde e na qualidade da assistência prestada. Faz-se necessário um esforço dos governantes e profissionais de saúde para garantir o atendimento de qualidade durante todo o ciclo gravídico-puerperal. 

  • Palavras-chave
  • Mortalidade materna, Epidemiologia, Assistência à Saúde.
  • Área Temática
  • ENFERMAGEM EM SAÚDE DA MULHER (Ginecologia; Obstetrícia)
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Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.

Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.

Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem

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1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.

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1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.

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  • ENFERMAGEM EM ACESSO VASCULAR E TERAPIA INFUSIONAL
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