A adolescência representa um período de intensa mudança e responsabilidades, que associadas à desigualdade social e ao difícil acesso à informação cidadã, resulta em um processo mal compreendido socialmente e amparo inconstante do Estado. Sendo a assistência em saúde uma esfera governamental mais próxima da comunidade, e o profissional enfermeiro um ser atuante na mesma, requer-se deste uma orientação biológica, psicológica e social ao público adolescente. Esse vínculo a ser formado tem que vencer obstáculos sociopolíticos e comunicativos, o que exige da enfermagem a criação de métodos que estimulem a confiança desta população e a construção do ambiente terapêutico. Objetiva-se relatar a experiência vivenciada por acadêmicos na realização da consulta de enfermagem em saúde mental com adolescente. Trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência, durante a disciplina de Ensino Clínico Prático em Saúde Mental com uma adolescente nos consultórios de enfermagem de uma instituição de ensino superior, na cidade de Fortaleza, Ceará, em abril de 2019. A pesquisa obedeceu aos principais aspectos éticos indispensáveis à pesquisa com seres humanos de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Para a coleta de dados, foi adotado um formulário de avaliação padrão da instituição para obter um breve histórico, junto a avaliação da apresentação e funções psíquicas do usuário. O primeiro contato foi realizado na estrutura convencional de consulta, com dois acadêmicos e um professor orientador. No decorrer da consulta, a paciente afirmou ter comparecido por exigência da mãe e mostrava-se introspectiva, com dificuldade de descrever seus sentimentos e relacionamentos. Contudo, nos minutos finais, foi possível construir vínculo, na ausência do orientador, após conversa informal sobre suas predileções recreativas. Baseado nisto, fez-se necessário uma abordagem que fortalecesse o vínculo terapêutico e explorasse aspectos da vida da adolescente de forma dinâmica e sutil. Logo, aplicou-se brincadeiras terapêuticas a fim de estabelecer um vínculo comunicativo eficiente, optando pela técnica projetiva verbal desenvolvida a partir da descrição de relacionamentos cotidianos importantes ao indivíduo. Foram confeccionados cartões com nomes de pessoas de seu convívio, que seriam descritos com um mínimo de três palavras. Observou-se que alguns cartões eram descritos com mais clareza. Percebeu-se postura mais amistosa da adolescente, o que possibilitou o diálogo, a escuta ativa, proferindo fatos que não foram perguntados pelo entrevistador. Portanto, é imprescindível que o enfermeiro se qualifique desde a graduação com enfoque na necessidade de individualização dos cuidados de enfermagem, e com implementação dos conceitos de comunicação, saúde, interpessoalidade e escuta para a população adolescente bem como para outros públicos.
Descritores: Enfermagem psiquiátrica; Adolescente; Relações interpessoais.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
ATENÇÃO:
Para mais informações sobre as exigências para submissão dos trabalhos, acesse o link com o editlai completo: Edital para submissão e apresentação de trabalhos Científico.
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