HIV/AIDS EM IDOSOS: PERDAS RELACIONADAS À SOROPOSITIVIDADE

  • Autor
  • Ticyanne Soares Barros
  • Co-autores
  • João Paulo Xavier Silva , Petra Kelly Rabelo de Sousa , Clarisse Sampaio Pequeno , Karla Corrêa Lima Miranda
  • Resumo
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    Atualmente, verifica-se o aumento significativo dos casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) em idosos, estes vivenciam aspectos relacionados ao processo de envelhecimento e ao diagnóstico de uma doença permeada por estigmas, medos e preconceito. A AIDS, doença transmissível com alta letalidade, acompanha questões para além da esfera biomédica, questões estas relacionadas aos aspectos psicológicos, sociais e culturais dos diferentes sujeitos vulneráveis. Logo, os profissionais de saúde, destacando-se os enfermeiros, precisam lidar com questões diversas, dentre elas as relacionadas à sexualidade, diversidades, perdas e mortes, com necessidade de se repensar o cuidado. O presente trabalho objetiva analisar os discursos produzidos por idosos com HIV/AIDS sobre as perdas relacionadas à soropositividade. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com 30 idosos com HIV/AIDS acompanhados em cinco Serviços Assistenciais Especializados em Fortaleza-CE. Os dados foram coletados por meio da técnica de entrevista em profundidade, no período de julho a novembro de 2015. O referencial teórico e metodológico utilizado foi a Análise de Discurso Francesa. O projeto foi aprovado pelo CEP da UECE, sob parecer número 1.040.369. Os aspectos éticos e legais foram considerados de acordo com a Resolução 466/12. Nos discursos dos idosos, os sentimentos de tristeza, angústia e medo da morte perante o processo de descoberta da doença e o olhar do outro foram claramente expostos. A perda da alegria, da autoestima, da vontade de continuar vivendo e sonhando acompanham o diagnóstico. No caso dos sujeitos do estudo, tanto os idosos que foram diagnosticados recentemente quanto os que conhecem sua sorologia há vários anos, destacam as perdas relacionadas à vivência da soropositividade. No entanto, em meio aos processos parafrásticos que caracterizam os discursos dos idosos, um dos sujeitos entrevistado atribui um novo sentido para a sua vida após o diagnóstico e coloca aspectos positivos advindos com a descoberta do HIV, como a melhora da sua qualidade de vida e a aproximação com a família, um novo sentido, então, é atribuído. O imaginário social que relaciona a AIDS a uma doença que provoca a morte iminente é uma percepção permeada por preconceito e desconhecimento, que traz tristeza e angústia aos pacientes. É importante que o enfermeiro possa dar o suporte emocional necessário, que proporcione uma escuta qualificada sustentada por um viés teórico e metodológico, se abstendo do lugar prescritivo, normativo e autoritário muitas vezes fomentado pela formação em saúde. Nesse sentido, aposta-se que a palavra possa ser colocada do lado do paciente e este possa promover o cuidado de si implicado e responsável.

     

  • Palavras-chave
  • Cuidados de enfermagem, HIV, Idoso.
  • Área Temática
  • ENFERMAGEM EM SAÚDE DO IDOSO (Geriatria; Gerontologia)
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Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.

Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.

Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem

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1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.

1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.

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