AVALIAÇÃO DE LESÕES PRECURSORAS DE CÂNCER DE PELE E HÁBITOS DE EXPOSIÇÃO SOLAR EM PÓS-TRANSPLANTADOS HEPÁTICOS

AVALIAÇÃO DE LESÕES PRECURSORAS DE CÂNCER DE PELE E HÁBITOS DE EXPOSIÇÃO SOLAR EM PÓS-TRANSPLANTADOS HEPÁTICOS

• Autor
• Jeanne de Paula Bessa Sousa
• Co-autores
• Michelle Ingridy Machado do Nascimento , Flaviane Fabrício Diniz , Clébia Azevedo de Lima , Maria Ísis Freire de Aguiar
• Resumo

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  O transplante de fígado é um tipo de tratamento contínuo que promove a resolução de várias patologias hepáticas não responsivas a outros tipos de terapêutica, entre elas cirrose e insuficiência hepática, carcinoma hepatocelular e problemas metabólicos. O câncer é uma das patologias que tem grande incidência no mundo, constituindo-se como uma desorganização celular de caráter anormal, é considerado uma patologia crônica e de caráter progressivo que pode atingir órgãos e tecidos. Nos transplantados, as neoplasias cutâneas abrangem 37% a 50% desse público devido sua maior sobrevida e exposição a fatores predisponentes, como a imunossupressão. Diante do exposto, torna-se importante a proteção dos pacientes contra os fatores de risco para câncer de pele, principalmente os raios solares e identificação precoce de lesões que possam ser precursoras de câncer de pele, visto que este constitui-se como uma das principais causas de morbidade nos transplantados. O objetivo desse estudo é identificar as características clínicas das lesões de pele e os hábitos de exposição solar de transplantados hepáticos em uma unidade de referência. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, observacional, transversal realizado no período de setembro de 2018 a fevereiro de 2019, com 151 transplantados hepáticos, acompanhados no ambulatório de transplante hepático do Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza-CE. A coleta de dados deu-se por entrevista guiada por questionário semi-estruturado, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Como resultados, obteve-se que a maioria dos transplantados tinha o fototipo III de pele (29,8%), expunham-se ao sol (96,7%), preferencialmente antes das 10:00 hs (55,2%), utilizavam como protetores mecânicos solares os bonés (59,8%) e protetor solar (53,3%), este último variando de 5 a 10 anos em tempo de uso (27,4%), porém 46,7% dos pacientes não fazia do protetor solar. Dentre os pacientes, 17,7% apresentaram lesões suspeitas, 73,1% com anormalidades em cor dois tons ou mais e 69,2% com tamanho superior a 6 mm. As neoplasias cutâneas, pela sua alta prevalência, constituem-se como um problema que merece bastante atenção, principalmente pelas características tropicais do país e pela prevenção primária ainda não ser tão praticada pela população. A exposição abusiva ao sol ainda continua sendo o fator de risco principal para a doença e o protetor solar uma das medidas mais eficazes para proteção, principalmente, quando associada a outros tipos como o uso de chapéus e mangas longas. O enfermeiro é um profissional capacitado e que deve oferecer ao paciente transplantado o conhecimento adequado para que este possa prevenir-se das neoplasias cutâneas e ainda identificar precocemente lesões que possam desencadeá-lo, colaborando para a diminuição da doença e favorecendo uma melhor qualidade de vida pós-transplante.

   

• Palavras-chave
• Transplante hepático, câncer de pele, fatores de risco.
• Área Temática
• ENFERMAGEM EM CAPTAÇÃO, DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS