A estomaterapia é uma especialidade privativa do enfermeiro, vigente no Brasil desde 1990, possui como perspectiva o cuidado de pessoas com estomias, cuidado direto no tratamento de feridas, reabilitação e, além disso, prevenção de lesões. Uma das principais complicações atendidas no hospital referência em infectologia são as lesões de reações hansênicas, que caracterizam-se por fenômeno de hipersensibilidade aguda diante dos antígenos do Mycobacterium leprae, sendo classificadas de acordo com Jopling: reação hansênica tipo I ou reversa (RR), quando está envolvida a imunidade celular, e a reação hansênica tipo II com os tipos eritema nodoso hansênico (ENH), esta última mais presente nos pacientes com diagnóstico de hanseníase atendidos pelo serviço de estomaterapia supracitado, em especial o eritema nodoso necrotizante. A reação hansênica, além de tratar-se como doença basal historicamente negligenciada, ainda não possui marcadores conhecidos que auxiliem a prognosticar as reações, impossibilitando a identificação precoce da hipersensibilidade. No ano de 2018 o serviço recebeu 24 pacientes (7%) com lesões hansênica. Diante disso, objetivou-se relatar a experiência da estomaterapia frente ao cuidado de pacientes com reações hansênica. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência que advém da vivência de profissionais residentes e do serviço de estomaterapia, compreendendo o ano de 2018 utilizando-se de observação e discussão com os profissionais responsáveis pelo serviço. As reações hansênicas se apresentam com bastante frequência em um hospital de doenças infectocontagiosas, havendo casos em que pacientes manifestam lesões em mais de 60% da superfície total do corpo, evidenciando destruição muscular e exposição tendínea e óssea. Em todos os casos foram utilizados materiais disponibilizados no Sistema Único de Saúde; e todos os procedimentos foram realizados por profissionais enfermeiros residentes em infectologia e enfermeiras estomaterapeutas. Ao primeiro momento foram realizadas as avaliações de cada lesão e proposto o plano de cuidado para cada paciente. Em seguida, realizaram técnicas de limpeza, desbridamento de tecidos necróticos nos casos necessários, com a aplicação das coberturas disponíveis: Alginato de Cálcio, indicado para feridas exudativas, com sangramento, limpas ou infectadas, agudas ou crônicas, superficiais ou profundas, com troca a cada 2 dias. Houve casos em que houve a necessidade de controlar edema, portanto foi utilizado a Bota de ulna, de avaliação diária. Conclui-se que o cuidado realizado, propiciou a cicatrização completa das lesões em 100% dos pacientes acompanhados no período. Ressalta-se que além do tratamento satisfatório das lesões de uma doença milenar, a reinserção social apresenta-se como uma contribuição maior ao possibilitar aos pacientes o retorno às atividades laborativas e de lazer.
Palavras-chave Infectologia; Doenças negligenciadas; Doenças Transmissíveis, Ferimentos e lesões.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
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1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
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