Mundialmente, o envelhecimento populacional tem provocado importantes transformações epidemiológicas, sociais e culturais. Quanto ao processo saúde-doença, esse processo evidencia uma transição epidemiológica, caracterizada pela superposição das doenças crônicas não transmissíveis, acidentes e violências sobre as doenças transmissíveis e maior morbimortalidade entre idosos. Nesse contexto, é necessário que o enfermeiro que assiste a clientela idosa lance mão de instrumentos de avaliação de caráter multidimensional para identificar o impacto do envelhecimento sobre cada indivíduo. Dentre tais instrumentos, destaca-se a Avaliação Geriátrica Global (AGG) a qual pode evidenciar importantes aspectos relacionados à autonomia e independência do idoso. Diante disso, objetivou-se relatar a experiência da aplicação da Avaliação Geriátrica Global a um idoso residente de uma Instituição de Longa Permanência (ILP). Trata-se de um relato de experiência ocorrida durante as práticas da disciplina Processo de Cuidar na Saúde do Idoso do curso de Enfermagem da Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), em agosto de 2019, em uma ILP de Redenção-CE. A coleta de dados se deu por meio de entrevista e aplicação da AGG, a qual estava composta por: Escala de Katz (avalia a autonomia do idoso para realizar as Atividades Básicas de Vida Diária); Escala de Lawton & Brody (avalia a autonomia do idoso para realizar as Atividades Instrumentais de Vida Diária); Escala para Classificação Funcional da Marcha de Holden; Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage (versão curta); Mini Exame do Estado Mental de Folstein (avaliação do estado cognitivo); e Mini Avaliação Nutricional (permite detectar a presença ou risco de má nutrição no idoso). A aplicação das escalas revelou resultados dentro da normalidade: 1) Escala de Katz: pontuação 6 (seis), caracterizando independência total para realizar atividades como banho, vestir-se, utilização do vaso sanitário, transferência (cama/cadeira), continência e alimentação; 2) marcha independente na classificação Funcional da Marcha de Holden; 3) Escala de Depressão de Yesavage: escore 4 (quatro) revelando ausência de depressão; 4) Mini Exame do Estado Mental: pontuação 25, revelando função cognitiva preservada; e 5) Mini Avaliação Nutricional: pontuação 14 (quatorze), apontando um estado nutricional adequado. A análise conjunta das escalas permitiu concluir que o idoso apresentava suas independência e autonomia preservadas, revelando plena funcionalidade global. Consideramos, portanto, que a AGG se constitui em uma importante ferramenta para identificar a capacidade do idoso de gerir a sua própria vida e cuidar de si mesmo, na presença ou ausência de doenças. Além disso, permite que os cuidados de Enfermagem sejam voltados ao reforço às potencialidades do idoso e à prevenção de agravos, aspectos essenciais para o envelhecimento saudável.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
ATENÇÃO:
Para mais informações sobre as exigências para submissão dos trabalhos, acesse o link com o editlai completo: Edital para submissão e apresentação de trabalhos Científico.
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