O aumento do encarceramento feminino é uma realidade crescente no contexto brasileiro e compreende não só aspectos relacionados à criminalidade, mas também às peculiaridades femininas, uma vez que um quantitativo importante de detentas se encontra em idade fértil e adentram o sistema prisional na condição de gestantes. Nessa vertente, muitas mulheres precisam vivenciar a maternidade na complexa situação da privação de liberdade. Diante disso, objetivou-se descrever os principais elementos facilitadores do desempenho do papel materno entre detentas. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado com 14 mães que viviam com os filhos no berçário de uma penitenciária feminina de Aquiraz, Ceará, entre novembro de 2013 e setembro de 2014. Os dados foram coletados por entrevista em profundidade e observação simples/participante, e analisados pela técnica de análise de conteúdo de Bardin da qual emergiu a subcategoria: “Elementos facilitadores do desempenho do papel materno”. Como resultados, os elementos facilitadores foram elencados como: 1) relacionados ao exercício do papel: tempo integral de cuidado ao bebê, uma vez que a mãe era responsável direta e exclusiva desta atribuição; assunção da identidade materna e ressignificação da maternagem, ambas relacionadas à convivência mais próxima e imersa num contexto não usual de desempenho do papel materno, que, embora envolvesse a privação de liberdade, era visto como livre dos perigos externos tanto para a mãe quanto para o bebê; e oportunidade de amamentar, uma vez que a prática era estimulada pela técnica de Enfermagem; 2) relacionados à estrutura do berçário: em comparação às celas das alas, a estrutura do berçário era percebida como adequada ao exercício da maternagem. Apesar da rotina de trancar as celas dos quartos às 17 horas e só reabri-las às 6 horas da manhã do dia seguinte, foi considerado como mais salubre e agradável pelas mães, uma vez que era amplo, arejado, permitia trânsito livre e oferecia suporte aos cuidados dos bebês; e 3) relacionados à espiritualidade: compreenderam reforço à fé; presença constante das igrejas e apoio material. Neste caso, as mães salientaram que a influência das igrejas sobre o desempenho do papel materno se deu por meio do reforço à espiritualidade e consequente desejo de mudança de atitudes e posturas inadequadas, anteriormente desempenhadas pelas mães. Além disso, o apoio material por meio de doações de gêneros de primeira necessidade como fraldas, roupas e alimentos para os bebês, foi considerado protetor ao permitir à mãe atender às necessidades mais básicas da criança. Conclui-se que, embora o ambiente do cárcere apresente suas limitações peculiares e também imponha a privação de liberdade à criança, constatou-se que ele funcionou como elemento protetor ao desempenho do papel materno para as mulheres deste estudo, uma vez que permitiu um vínculo materno-infantil mais elaborado do que na condição de liberdade.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
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