A reforma psiquiátrica foi um movimento político e social que trazia como proposta a mudança da assistência psiquiátrica no Brasil, a partir da qual a família passou a exercer um cuidado fundamental na rede de apoio juntamente com os serviços substitutivos ao hospital mental, que foi o cuidado comunitário das pessoas com transtornos psicológicos. Desde então, foi solicitado que terapia em grupo juntamente com as demais categorias da saúde mental tivesse uma reavaliação nas suas estratégias de intervenção, tendo como objetivo a mudança das premissas da assistência que era baseada no conceito de reabilitação psicossocial. Daí em diante a terapia em grupo necessitou rever seus aportes teóricos, suas práticas assistenciais e políticas, no sentido de questionar seu papel frente ao novo paradigma de saúde mental. O presente estudo teve como objetivo relatar a relevância da terapia pela arte para pacientes que sofrem de transtornos psíquicos. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido por acadêmicos do curso de enfermagem, a partir das práticas do estágio supervisionado em saúde mental, em hospital de referência localizado em Fortaleza-Ceará, nos meses de setembro e outubro de 2019. Durante o período da prática, conseguiu-se realizar várias atividades com os pacientes que ali passavam o dia e tratavam seus transtornos. Realizou-se as terapias em grupos que eram feitas no período da tarde, com as mais diversas artes. Enfatizou-se os estímulos sensoriais, o cuidado (com eles ou com algo) e a coordenação motora de cada um. No primeiro dia, observou-se o trabalho da psicóloga, mas depois os acadêmicos mediaram o grupo terapêutico e realizaram atividades como: origamis, jogo de quebra-cabeça, jogo da memória, pinturas em gessos e atividades com mudas de plantas, para estimular o cuidado. Durante os primeiros dias foi possível observar que alguns pacientes não queriam participar das atividades ou até mesmo falar com os discentes, mas no decorrer dos dias as barreiras foram diminuendo e eles se tornaram bastante participativos, acolheram os discentes de forma única e bem significativa. Destaca-se que a interação deles era muito simbólica e teve valor acrescido na vida acadêmica dos discentes. Enfatiza-se a importância da enfermagem nos cuidados de pacientes com transtornos psicossociais e da empatia com esses pacientes, ressalta-se a importância na quebra de barreiras, em especial, do preconceito. O estudo foi relevante e construtivo na vida acadêmica, pois proporcionou visão holística durante as práticas de estágio. Ressalta-se ainda a importância da enfermagem na saúde mental e o quanto se faz necessário saber ouvir, observar e respeitar as individualidades dos pacientes na prestação da assistência. Cita-se a necessidade do empoderamento em cada área de atuação do professional enfermeiro, especialmente, na área de saúde mental.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
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