ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À ADOLESCENTE VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL SEGUIDO DE ABORTO LEGALIZADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Qualquer forma de atividade sexual que não for assentida, é considerada violência sexual, sendo o estrupo um grande problema de saúde pública, pois gera repercussões psicológicas, físicas e sociais. As mulheres jovens em idade reprodutiva são as mais atingidas no Brasil, sendo que os casos denunciados não chegam nem a 20% do total. As sequelas da violência sexual podem afetar a vida pessoal, afetiva e profissional da mulher, podendo ter como consequências infecções sexualmente transmissíveis, lacerações da área genital, depressão, pensamentos suicidas e uma gestação não desejada. De acordo com o artigo 128, do Código Penal Brasileiro, em casos de estrupo o aborto é legalizado, garantindo à mulher o direito de intervir ou não na gestação e a assistência respaldada pelo Estado para realizar o procedimento. O objetivo do estudo é relatar a experiência da sistematização da assistência de enfermagem a uma adolescente vítima de violência sexual seguido de aborto legalizado. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, da disciplina Ensino Clínico em Saúde da Mulher Prático, realizado por acadêmicas de enfermagem do Centro Universitário Estácio do Ceará, em um hospital de referência em assistência à saúde materno-infantil, em novembro/2018, em Fortaleza-Ceará. O presente estudo teve observância dos aspectos éticos da resolução nº. 466/2012. A assistência de enfermagem à adolescente vítima de abuso sexual desde o início esteve pautada no cuidado biopsicossocial. Foram realizadas as primeiras fases do processo de enfermagem, do histórico ao planejamento de Enfermagem. Ressalta-se que durante a conversa com a paciente, as acadêmicas conseguiram constituir uma relação de confiança, que se sentiu confortável para expor medos e receios. Observou-se que a situação de maior fragilidade e angústia apresentada pela paciente estava no tipo de procedimento que iria realizar e o medo que a tomava de não acordar após a curetagem. Os discentes foram dialogando com a paciente e explicando acerca do procedimento, como era realizado, qual tipo de sedação era aplicada, com o objetivo de transmitir confiança e segurança para que ela realizasse o procedimento com o máximo de bem-estar possível. Procurou-se oferecer durante a conversa com a adolescente o cuidado biopsicossocial. Destaca-se que a enfermagem possui papel relevante em acolher, ouvir atentamente e reflexivamente, prestar cuidados humanizados à vulneráveis, incluindo o acompanhamento, tratamento de possíveis agravos e impactos causados pelo ato e, se necessário, encaminhá-los para o serviço de psicologia. Ademais, garantir uma assistência além do tecnicismo, com empatia e de forma holística, estimulando a resiliência, para que a cliente se sinta acolhida e possa aprender a lidar com a situação na qual foi exposta.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
ATENÇÃO:
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