DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL: PRINCIPAL FORMA CLÍNICA E SANGRAMENTO TRANSVAGINAL APRESENTADO NESSA PATOLOGIA

  • Autor
  • ANDREZZA SILVANO BARRETO
  • Co-autores
  • Letícia de Carvalho Magalhães , Beatriz Moreira Alves Avelino , Joyce da Silva Costa , Régia Christina Moura Barbosa Castro
  • Resumo
  •  

    A doença trofoblástica gestacional (DTG) refere-se a uma variedade de tumores inter-relacionados de origem placentária, mas histologicamente distintos. Tais doenças são caracterizadas por um marcador tumoral, gonadotrofina coriônica humana ? (?-HCG), e apresentam tendências variáveis à invasão e disseminação local. A Mola Hidatiforme Completa (MHC) e a Mola Hidatiforme Parcial (MHP) são benignas, com potencial maligno. Já a mola invasora (MI), Coriocarcinoma (CCA), Tumor trofoblástico em sítio placentário (TTSP) e Tumor Trofoblástico Epitelioide (TTE) são neoplasias Trofoblásticas Gestacionais (NTG), que geralmente têm origem na Mola Hidatiforme. A apresentação mais comum é sangramento transvaginal anormal. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para alcançar a cura, já diagnósticos tardios, requerem tratamento mais agressivo e apresentam pior prognóstico. Objetiva-se identificar a forma clínica de DTG e o tipo de corrimento vaginal mais prevalente em uma maternidade escola de Fortaleza. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, realizado em uma maternidade escola em Fortaleza, Ceará. A amostra foi composta por todas as mulheres diagnosticadas com DTG entre dezembro de 2017 a dezembro de 2018, totalizando 110 pacientes. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a julho de 2019, através dos livros de ocorrência de enfermagem, inicialmente para identificar as mulheres; e posteriormente pelos prontuários das pacientes encontradas. Utilizou-se um instrumento formulado com dados sociodemográficos, gineco-obstétricos, aspectos clínicos e seguimento ambulatorial pós-molar. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética na pesquisa, com parecer 2.310.941. A forma clínica de DTG foi identificada em 93,6% (103) dos casos, onde a MCH foi a mais prevalente, com 34,5% (38). Em segundo, foi o diagnóstico generalizado, como DTG, NTG, gravidez molar, com 32,7% (36), MHP com 24,5% (27) e MI, CCA e mais de uma patologia detectada com 1,8% (2) cada. Sobre o corrimento vaginal, houve em 91,8% (101), sendo de conteúdo sanguinolento 55,5% (61) mais prevalente, depois com característica de “borra de café” em 18,2% (20), com mais de uma opção 13,6% (15), amarelado 1,8% (2), amarelo com sangue 0,9% (1) e em 0,9% (1) não foi informado. Conclui-se que o tipo mais prevalente foi a MHC, de acordo com a literatura é a sua forma mais frequente. Quando há suspeita de MH, o conteúdo da cavidade uterina deve ser retirado imediatamente, em que é recomendado a vácuo-aspiração. O tipo de corrimento mais prevalente foi sanguinolento, que é a principal complicação, tanto pela perca sanguínea, que pode ser sinalizada pela anemia, quanto pela indicação ou não de infiltração. Contudo, DTG apresenta taxas altas de cura, considerando que os centros de referência são capazes de acompanhar e gerenciar pacientes com abordagem personalizada.

  • Palavras-chave
  • doença trofoblástica gestacional, neoplasia trofoblástica gestacional, mola hidatiforme.
  • Área Temática
  • ENFERMAGEM EM SAÚDE DA MULHER (Ginecologia; Obstetrícia)
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Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.

Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.

Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem

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