Apesar de formarem a maior categoria da área da saúde, profissionais de Enfermagem vem exercendo suas funções em cenários insalubres sob elevados níveis de esgotamento físico e psicológico. Estes são atribuídos a diversos fatores, como sobrecarga de trabalho, subdimensionamento de pessoal, níveis baixos de autonomia e recompensa. Esse trabalho exaustivo favorece o estresse ocupacional que, por sua vez, pode desencadear a síndrome de Burnout, bem como outros transtornos mentais associados ao trabalho. Objetivou-se identificar a relação entre as condições de trabalho da Enfermagem, a síndrome de Burnout, a qualidade do cuidado e a segurança do paciente. Trata-se de revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados Lilacs, Bdenf, Scielo e Medline, em outubro de 2019. No portal da BVS, fez-se o levantamento de artigos nas três primeiras bases de dados com os seguintes descritores cadastrados no DeCS, na equação de busca: [(Enfermeiros OR Enfermagem) AND (Burnout OR Esgotamento Psicológico) AND (Erro OR Erro Médico OR Near Miss OR Segurança do Paciente)]. Do mesmo modo, fez-se a busca na base de dados Medline pelo portal Pubmed com a equação: [(Nurse OR Nursing) AND (Burnout OR Burnout Syndrome) AND (Error OR Medical Errors OR Near Miss OR Patient Safety)]. Adotaram-se os seguintes critérios de inclusão: artigos científicos escritos em português, inglês ou espanhol, publicados nos últimos 10 anos, sem delimitação do tipo de estudo. Os critérios de exclusão foram: duplicidade nas bases de dados e não responder à questão norteadora: Qual a relação entre condições de trabalho, síndrome de Burnout e qualidade do cuidado/segurança do paciente?. A amostra constituiu-se de 15 artigos. Destes, 8 (53,3%) relacionavam a síndrome de Burnout ao precário dimensionamento da equipe nas instituições de saúde; outros 3 artigos (20%) relacionavam ao estresse e ao assédio moral que os profissionais sofrem no trabalho; já os últimos 4 (26,6%) apontavam que o conjunto de diversos fatores como dimensionamento, estresse, fragilidade de vínculo empregatício e alta rotatividade nos empregos afetavam o esgotamento psicológico. Além disso, 60% dos artigos relataram que tal esgotamento profissional implicava diretamente na segurança do paciente e na qualidade do serviço, aumentando o índice de erros e eventos adversos, como infecção, queda, perda de sondas, lesões por pressão, dentre outros. Portanto, os estudos confirmaram a relação direta entre as condições de trabalho e o estado emocional dos profissionais de enfermagem, incluindo consequências negativas como práticas e condutas não-assertivas, negligência profissional e falhas na qualidade do cuidado. Assim, sugere-se incluir o tema em constante discussão pelas lideranças dos serviços, destacando a necessidade de considerar a saúde mental desses profissionais como meta fundamental nas organizações de saúde para a garantia da segurança do paciente.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
ATENÇÃO:
Para mais informações sobre as exigências para submissão dos trabalhos, acesse o link com o editlai completo: Edital para submissão e apresentação de trabalhos Científico.
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