O sono na infância é imprescindível para o desenvolvimento físico e cognitivo. No entanto, muitas são as queixas de pais e cuidadores acerca das alterações no padrão de sono nessa fase. A enfermagem no âmbito do Sistema Único de Saúde brasileiro possui aproximação com este público nas consultas de puericultura, sendo geralmente os primeiros profissionais de saúde a identificar problemas no padrão do sono infantil. Diante disso, objetivou-se relatar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) para melhoria do padrão de sono em uma lactente. Trata-se de um relato da experiência da aplicação da SAE a uma lactente de 12 meses entre os meses de agosto e setembro de 2018. Utilizou-se o Breve Questionário de Sono Infantil (BISQ) para compor a anamnese e a taxonomia II da NANDA (2015-2017) para elaborar os diagnósticos de Enfermagem. O plano de cuidados foi feito presencialmente junto à mãe da lactente. As evoluções e avaliações do caso foram feitas por aplicativo de mensagens, em um período de 30 dias. Participou do estudo uma díade mãe-bebê, sendo a mãe de 37 anos e a criança, de 12 meses. Esta, segundo o relato materno, apresentava dificuldade para iniciar o sono noturno, despertando cinco a seis vezes durante a madrugada. Para retornar ao sono necessitava ser alimentada junto ao seio materno. Realizou-se anamnese aprofundada a fim de averiguar antecedentes obstétricos, consultas de pré-natal e doenças psicossomáticas dos pais que pudessem interferir no sono da criança. Por meio do BISQ foi possível avaliar o padrão de sono noturno, bem como aspectos da rotina que estavam comprometendo o sono da criança, tais como estímulos excessivos de tela, falta de horários fixos para iniciar o sono e sonecas irregulares. A partir disso, elencaram-se dois Diagnósticos de enfermagem, a saber: (1) Insônia caracterizada por alterações no padrão de sono, dificuldade para iniciar o sono e dificuldade para manter o sono, relacionadas a uma Higiene do sono inadequada; (2) Privação de sono caracterizada por agitação relacionada a ambiente excessivamente estimulante. A partir disso, elaborou-se um plano de cuidados, estruturando a rotina em quatros pontos: hora de acordar, almoçar, jantar e dormir. Estabeleceram-se os horários de duas sonecas, a serem realizadas de acordo com os sinais de sono apresentados pela criança (coçar os olhos, bocejar, sonolência) com duração de uma hora cada. Para a melhoria do sono noturno, considerou-se o peso da criança e as consultas de puericultura atualizadas para iniciar as intervenções. Priorizou-se a presença da mãe junto à filha no momento de adormecer. A mãe inicialmente substituiu a sucção pelo colo e quando a criança relaxava era posta no berço. Evidencia-se que a sistematização de enfermagem forneceu subsídios e rigor para identificar, diagnosticar e intervir em alterações de sono da lactente, a qual pode ter seu sono melhorado.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
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