O câncer de colo uterino é uma doença crônica, em que ocorrem alterações intraepiteliais, durante um longo período, geralmente em decorrência da infecção pelo HPV (Vírus do Papiloma Humano) podendo se transformar em um processo invasivo, tornando seu agravo progressivo. Atualmente é uma doença tratável e com boa perspectiva de cura se diagnosticado precocemente, sendo a estratégia mais utilizada o exame citopatológico (CP) através da coleta de conteúdo endo e ectocervical em mulheres de 25 a 64 anos. Apesar dos altos índices de coleta, a porcentagem dos diagnósticos ainda é baixa, devido a diversos fatores como quantidade inadequada de material ou problemas com o armazenamento, trazendo problemas na leitura das lâminas, e resultando no aumento do número de lesões de alto grau devido ao diagnóstico tardio. Objetivou-se relatar a importância do conhecimento sobre o manejo adequado da coleta citopatológica, com base nas recomendações do protocolo do Ministério da Saúde para detecção precoce do câncer de colo de útero. Trata-se de um relato de experiência, realizado por acadêmicos do sexto semestre de enfermagem da Universidade Estadual do Ceará (UECE), em uma unidade ambulatorial de nível secundário do município de Fortaleza-CE, no período do mês de agosto a setembro de 2019, durante a extensão do Programa de Educação Tutorial Multiprofissional (PET). Percebeu-se que existe a necessidade de maior discussão sobre o manejo adequado das coletas, baseados nas diretrizes para o rastreamento de câncer de colo uterino, considerando a quantidade de encaminhamentos inadequados de lesões simples, de coletas insuficientes de células para análise adequada, armazenamento e identificação inadequada das lâminas, sendo comum também a coleta somente da secreção vaginal, no caso de mulheres com histerectomia total, ou em mulheres fora da faixa etária de risco como exemplo idosas e jovens sem vida sexual ativa. Além da demora excessiva para entrega da coleta no laboratório de destino trazendo dificuldades na detecção precoce. É importante a conscientização destes profissionais de que a coleta e a lâmina é mais que um exame, é a vida de uma mulher que se sente ansiosa e com os resultados e podem até ter sua vida completamente mudadas por um diagnóstico. É notável a necessidade de criação de oficinas para os profissionais das unidades com o objetivo de entender a situação na atenção básica e discutir com os profissionais sobre as diretrizes e a coleta adequada dos exames, além de uma maior busca ativa de mulheres que estão vinculadas ao serviço que tem a faixa etária de risco e que não fazem o exame anual de prevenção, mulheres com histórico de lesão anterior e com parentes de primeiro grau acometidos pela doença, objetivando trazer uma maior efetividade para a coleta, e não somente cumprir metas estabelecidas.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
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