A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae transmitida através das vias aéreas superiores podendo causar sintomatologia diversa que pode ir desde lesões de pele com alterações de sensibilidade à acometimentos de nervos periféricos e deformidades físicas. A busca ativa de casos possibilita o diagnóstico precoce e a quebra da cadeia de transmissão, tendo a avaliação dermatoneurológica como principal forma de exame. Em crianças, essa avaliação pode passar por algumas adaptações da técnica por conta das peculiaridades de comportamento e níveis compreensão desse tipo de população. O objetivo desse trabalho é relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem na realização da avaliação dermatoneurológica em crianças para a busca ativa de casos de hanseníase. Se trata de um relato de experiência sobre as avaliações físicas realizadas em 148 crianças de 4 a 12 anos, contatos de casos de hanseníase. O momento se tratou de uma das fases realizadas por uma pesquisa com foco nessa população no município de Canindé em julho de 2019. As avaliações foram efetuadas pelos membros da Liga Acadêmica em Doenças Estigmatizantes da Universidade Federal do Ceará. Inicialmente foi explicado ao responsável e a criança sobre a doença e como funcionava o exame. Foi muito importante perguntar diretamente a criança qual o nome dela e apelidos para estabelecer um vínculo inicial, podendo até questionar outras coisas como a sua idade, onde estuda, brincadeiras preferidas, e outros pontos. Na avaliação de sensibilidade, utilizar do lúdico transformando o exame em uma brincadeira ou uma competição, mas sempre explicando as regras, ressaltando a importância de informar o que realmente estava sentindo. Na avaliação dos nervos e teste de força, algumas crianças não conseguiam compreender o exame e fazer o que lhe era pedido, necessitando avaliar a força através de ações como um abraço apertado e um aperto de mão. Nas crianças com idades mais próximas à adolescência houve resistência em retirar a roupa, necessitando de mais conversa e privacidade, e com a utilização de biombo foi oferecida a opção de retirar uma peça de roupa por vez. Em crianças que estavam com medo ou chorosas pedíamos a ajuda dos responsáveis ou até de um irmão mais colaborativo para realizar os testes primeiro, para que a criança pudesse acompanhar tudo e se acalmar perante a avaliação. Também foi utilizado recursos materiais como desenhos para colorir como forma de estabelecimento de vínculo, distração e/ou recompensa pelo desempenho durante do exame. Concluindo, o estabelecimento do vínculo direto com a criança e a valorização de suas queixas, limites e preferências tem ligação direta com a qualidade e quantidade de achados durante o exame, garantindo a efetividade e conclusão da avaliação, possibilitando o diagnóstico precoce da hanseníase nessa população.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
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