AVALIAÇÃO DIMENSIONAL DA INTENSIDADE DA DOR DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS COM DOR CRÔNICA

  • Autor
  • Marina Guerra Martins
  • Co-autores
  • Erika Veríssimo Dias Sousa , Geórgia Alcantara Alencar Melo , Joselany Àfio Caetano
  • Resumo
  •  

    A Doença renal crônica se define como uma doença que causa a perda progressiva e irreversível da função renal que ocasiona muitas consequências físicas e psicológicas para os pacientes, dentre elas a Dor Crônica, definida como uma dor que persiste ou recorre por mais de 3 meses. Nesse longo período, muitos já não conseguem descrever de forma clara a dor ou simplesmente se acostumam, limitando sua rotina e prejudicando o papel do enfermeiro de avaliar a dor. Logo, esse estudo tem por objetivo avaliar em dimensões a intensidade da dor de pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico. Trata-se de um estudo transversal, realizado em duas clínicas de hemodiálise, no município de Fortaleza-Ceará, no período de dezembro de 2018 a maio de 2019. Foram avaliados 66 pacientes com dor crônica. A coleta de dados foi realizada com os questionários sociodemográfico/clínico e o Questionário de dor de Mcgill. A escala de McGill é do tipo multidimensional, caracterizada por uma avaliação não só de intensidade como as demais escalas unidimensionais. Ela pondera a dor em três dimensões: sensorial, afetiva e avaliativa. A dimensão sensorial descreve a qualidade da presença da dor. A dimensão afetiva avalia a qualidade da experiência da dor em termos de emoção. E a avaliativa descreve uma avaliação global da dor e como ela interfere na vida do paciente. Obtivemos como resultado das características sociodemográficas e clínicas: a maioria dos pacientes avaliados eram do sexo masculino (60,6%), pardos (50%), casados (50%), católicos (65,2%), aposentados (54,5%). A média da idade dos pacientes e do tempo de tratamento foi de 53,74 (DP= ±12,8) anos e 67,34 (DP= ±86,46) meses, respectivamente. Quanto ao resultado das analises estatísticas do Questionário de dor de Mcgill, identificou-se os descritores que mais interpretaram a dor desse grupo de pacientes de acordo com as dimensões: sensorial (latejante 33%), afetivo (cansativa 38,7%), avaliativo (que incomoda 25,5%) e miscelânea (aborrecida 27,4%). As dimensões afetiva (n=55) e avaliativa (n=61) foram as que mais descreveram a dor do paciente de acordo com a maior frequência de respostas. Na soma das pontuações a dimensão sensorial apresentou maior média  (14,89). Em relação ao indice de dor, observou-se uma amplitude de 4 (valor mínimo), 61 (valor máximo) e 11 (valor mais frequente). Pode-se concluir então, que a dor ,ao ser avaliada pelo Questionário de dor de Mcgill, é traduzida de forma dimensional para o enfermeiro e a partir desses dados podem ser tomadas atitudes para melhorar bem-estar dos pacientes, pois cada dimensão demonstra formas diferentes do cuidar, podendo envolver uma equipe multiprofíssional para o planejamentos de cuidados dessa dor. Esses dados, além de uma classificação pontual da dor, servem , também,  para um monitoramento da saúde física e dos cuidados aplicados após cada avaliação.

  • Palavras-chave
  • Insuficiência Renal Crônica, Dor crônica
  • Área Temática
  • ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA
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Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.

Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.

Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem

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1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.

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