A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que acomete pele e nervos periféricos, gerando incapacidades e deformidades físicas com quadros reversíveis ou não. Devido aos sintomas manifestados, a hanseníase traz em sua história uma grande carga de estigma e preconceito que muitas vezes é empecilho para a todo o processo de controle da doença. O autocuidado é uma estratégia fundamental para a prevenção de incapacidades físicas e emocionais desse indivíduo, podendo ser abordado em grupo, onde os pacientes trocam e compartilham experiências, palavras de apoio, aprendem e realizam as técnicas de autocuidado juntos. Esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no papel de facilitadores de um grupo de autocuidado em hanseníase. O Grupo de Autocuidado: Quem ama (se) cuida foi um projeto desenvolvido em 2012 pelo Centro Dermatológico Dona Libânia, em Fortaleza, Ceará e foi reativado em 2019, dessa vez com o apoio da Netherlands Leprosy Relief (NHR) Brasil, Secretaria Estadual de Saúde e Liga Acadêmica em Doenças Estigmatizantes da Universidade Federal do Ceará. Integram atualmente o grupo uma terapeuta ocupacional, uma enfermeira e docente e duas acadêmicas de enfermagem. O grupo é composto por 12 pacientes e que se reúnem quinzenalmente para discutir temas pré-estabelecidos que vão desde informações gerais sobre hanseníase, autocuidado físico, direitos e deveres do indivíduo. As acadêmicas de enfermagem têm o papel de planejar as atividades que serão realizadas, captar os materiais necessários, monitoramento de participação e evolução, facilitar os encontros e registrar as atividades. Diante das atividades realizadas foi percebido o quanto o grupo é importante para o desenvolvimento do cuidado holístico, pois são pacientes que têm como característica em comum a hanseníase, mas vem de contextos diferentes, trajetórias e personalidades distintas que se tornam fatores em que o facilitador precisa de habilidades de relacionamento interpessoal e sensibilidade para manejar e consegui sanar as necessidades do grupo e as individuais ao mesmo tempo. Outra competência bem desenvolvida pelas acadêmicas foi a criatividade, pois muitos conteúdos densos são trabalhados de forma lúdica para melhorar a absorção do mesmo e os resultados foram favoráveis pois são os momentos em que o paciente se mostrou mais ativo, conseguindo interagir melhor em grupo e ao mesmo tempo aprendendo mais sobre sua condição. Conclui-se que o envolvimento do acadêmico dentro do grupo de autocuidado tem um importante papel para sua formação, principalmente, na aproximação com pacientes em situação de vulnerabilidade ou com doenças que lhe tragam estigma, situações que são abordadas de forma escassa na grade curricular dos cursos de enfermagem em geral.
Nós, da Faculdade IDE, já conseguimos sensibilizar um enorme público de estudantes de Enfermagem e Enfermeiros para a importância do desenvolvimento das especialidades de Enfermagem no Brasil, nas quatro edições anteriores do CBEE. Foram eventos incríveis, e dias de muito networking e descobertas a cada apresentação. Os maiores nomes da Enfermagem Nacional, ali, perto de nós, compartilhando todos caminhos que podemos desbravar, para o desenvolvimento de uma Enfermagem cada vez mais qualificada. E percebemos que não dá mais para parar. O CBEE é hoje, um compromisso com a sociedade. Acreditamos em uma Enfermagem empoderada e transformadora e o CBEE é um dos nossos alicerces políticos que nos estimula a propiciar ambientes ricos em trocas de experiências que exala inspiração. E neste interim, as especialidades de Enfermagem precisam ser conhecidas, reconhecidas e discutidas com evidências e com a sabedoria de experiências exitosas.
Acreditamos nos entusiastas da Enfermagem, nos que mudam as coisas, nos que criam as oportunidades. E com isso, elevam a categoria para o patamar que lhe é de direito. Então, queremos que nosso Congresso seja cenário para que nasçam políticas de enfrentamento e quebra de paradigmas tão solidificados. Seremos ousados e construiremos mais um capítulo importante da nossa história.
Gilmar Júnior
Presidente do Congresso Brasileiro de Especialidades de Enfermagem
OBSERVAÇÕES GERAIS
1.1.Os trabalhos podem envolver qualquer uma das 60 especialidades de enfermagem listadas na Resolução 581/2018 do Conselho Federal de Enfermagem, ou legislação que estiver em vigor no ato do envio dos trabalhos científicos.
1.2.Qualquer estudante ou profissional de enfermagem pode enviar trabalho. Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.3.As datas e os horários de exposição serão definidos e publicados na plataforma digital do evento, com antecedência de até 20 dias da realização do evento.
1.4.Para envio dos trabalhos, pelo menos o primeiro autor já deve estar inscrito no 5º CBEE. A inscrição estará efetivada após o pagamento da taxa referente.
1.5.Podem ser inscritos trabalhos de campo, revisões de literatura, estudos de caso, etc. Só não serão aceitos para avaliação resumos de projetos de trabalhos.
1.6. Limites de envio de até 02 (dois) trabalhos pelo mesmo autor apresentador. Não havendo limite de número de trabalhos enviados como coautores.
1.7. Cada trabalho enviado deve conter no máximo de 05 (cinco) autores/co-autores no total.
1.8.Os orientadores devem ser considerados como co-autores dos trabalhos enviados. FACULDADE IDE | Rua Manuel de Brito, nº 311 – Pina - Recife /PE | 81 0800 081 3256 – 3465.0002 www.faculdadeide.edu.br | www.cbeeoficial.com.br
ATENÇÃO:
Para mais informações sobre as exigências para submissão dos trabalhos, acesse o link com o editlai completo: Edital para submissão e apresentação de trabalhos Científico.
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