ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS EXAMES DE MAMA REALIZADOS NO SUDESTE

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS EXAMES DE MAMA REALIZADOS NO SUDESTE

• Autor
• Anna Clara Faria Duarte
• Co-autores
• Gabriel Meira Cardoso Pereira , Laryssa Maria Ribeiro Araújo , Natalia Roquette Giachetto
• Resumo

• Introdução: O câncer de mama incide mais em mulheres do que em homens, tendo importante relevância no contexto nacional e mundial. Além de ser a causa mais frequente de mortes em mulheres no mundo todo, o câncer de mama é o tipo de tumor que mais acomete mulheres no Brasil. Ressalta-se, também, que as Regiões Sul e Sudeste são as que apresentam as maiores taxas de mortalidade no país.  Nota-se, portanto, que o câncer de mama é um problema de Saúde Pública. Por todos os fatores supracitados e pela maior probabilidade de cura, houve a necessidade de se criar políticas para a detecção precoce do tumor, as quais incluem o diagnóstico precoce de lesões suspeitas e o rastreamento da doença. O exame de rastreamento preconizado é a mamografia a qual, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), deve ser ofertada para mulheres de 50 a 69 anos a cada dois anos. Objetivo: Realizar uma análise epidemiológica da realização de mamografia na região Sudeste. Método:  Foi realizada uma avaliação manual de cunho observacional, quantitativo e transversal na base de dados do Sistema de Informação do Câncer - SISCAN/DATASUS. Sexo, idade, mama acometida por nodulação, risco de câncer e ano foram os critérios definidos para essa análise. O recorte temporal utilizado foram os anos 2015 a 2019. Resultados e Discussão: Nesse tempo, foram realizadas 3.547.924 mamografias na região Sudeste.  Foi possível observar que 99,7% dos exames foram realizados pelo sexo feminino e 0,3% pelo sexo masculino.O estado com maior número de realização do exame foi São Paulo com aproximadamente 42,84% dos casos, seguido de Minas Gerais (40,61%), Rio de Janeiro (7,34%) e Espírito Santo (9,21%).  Além disso, a faixa etária com maior número de realização de mamografia foi entre 50 a 59 anos, correspondendo a 43% dos exames totais; já a faixa etária com menor realização do exame foi dos 9 aos 19 anos, com 0,07%. Ademais,  15,83% dos casos apresentaram risco elevado para o desenvolvimento de câncer. O ano que mais registrou casos foi 2019 com 31,17% destes. Quanto ao aparecimento de nódulo, entre os casos que apresentaram nodulação (9,62% do total), a incidência na mama esquerda foi de 41,8%, mama direita 39,3% e em ambas as mamas 18,9%. Conclusão: Os estudos epidemiológicos são fundamentais para determinar os níveis de saúde da população feminina, especialmente os exames de rastreamento para doenças que acometem as mamas. Portanto, este estudo epidemiológico demonstra que grande parte das pacientes que se submeteu à mamografia estava dentro da faixa etária adequada para realização do exame (acima de 50 anos de idade). Desse modo, denota-se que as ações de prevenção contra as doenças da mama constituem um fator determinante para a saúde das pacientes. Essa estratégia está em conformidade com o que preconiza o SUS, que propõe a saúde preventiva como estratégia nos planos de ação em saúde, ratificando que os exames de mama imprescindíveis no âmbito da Saúde da Mulher.

• Palavras-chave
• Prematuridade, sudeste, epidemiologia
• Área Temática
• Estudo original