INTRODUÇÃO: A fagoterapia trata-se da utilização de um vírus chamado bacteriófago para o tratamento de infecções bacterianas; o bacteriófago é a unidade mais letal para a bactéria e é uma opção interessante em meio a crescente resistência bacteriana permeada pelo uso desregrado de antibióticos. OBJETIVOS: Analisar a volta da fagoterapia perante o aumento exponencial de infecções e óbitos por bactérias multirresistentes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de caráter qualitativo e exploratória, a pesquisa deu-se através da base de dados PubMed, tendo como estratégia de busca os termos ‘’Bacteriophage*’’ OR ‘’Phage Therapy’’ AND ‘’Bacteria*’’ pelo title e abstract, foram encontrados 299 artigos, selecionando publicações de 2023 a 2024; após a coleta, os campos supracitados foram lidos e analisados através da análise de conteúdo de Laurence Bardin, sendo selecionados 14 artigos para a conclusão do presente estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Antes da antibioticoterapia a fagoterapia já tinha sido utilizada eficazmente no tratamento de infecções bacterianas, onde também mostra-se eficaz no tratamento de biofilme bacteriano; suas vantagens vão da sua especificidade, onde cada tipo de bacteriófago só consegue infectar um tipo de bactéria; da capacidade terapêutica, onde as bactérias não possuem mecanismos de defesa contra bacteriófagos; e da sua segurança, sendo uma unidade inofensiva para a saúde humana; entretanto, a fagoterapia também tem seus desafios: o difícil padrão para formulação dos bacteriófagos específicos no coquetel, gerando diferenças de concentração no produto final e presença de impurezas causadas pelas bactérias eliminadas na fórmula; entretanto, nos tempos de outrora a fagoterapia não avançou por dois fatores: o atraso tecnológico e competição de mercado com a antibioticoterapia que demonstrava-se eficaz e menos custosa para a época; nos dias hodiernos a OMS estima 10 milhões de mortes por bactérias multirresistentes ao ano a partir de 2050, e isso nos mostra que o uso indiscriminado de antibióticos está causando uma pandemia silenciosa. CONCLUSÃO: A fagoterapia vem sendo novamente visualizada, dessa vez com a tecnologia mais avançada e com padrões mais rigorosos de purificação e testes clínicos, necessitando de mais pesquisas na área, principalmente in vivo, para que haja a confirmação inconcussa do uso dessa terapia, visando transpassar a séria problemática do esgotamento de antibióticos perante a crescente resistência bacteriana.
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