Introdução:O aneurisma poplíteo resulta de um processo degenerativo da parede arterial, o que leva à degeneração da túnica média, perda de elasticidade e aumento da pressão intraluminal, resultando em dilatação. Uma complicação relevante, com prevalência em até 50% dos casos, é o tromboembolismo, o qual ocasiona obstrução das artérias distais e isquemia dos membros. Objetivo: Este relato objetiva apresentar um caso de aneurisma de artéria poplítea, enfatizando as complicações ligadas ao tromboembolismo e à hipercoagulabilidade, além de debater os obstáculos do manejo. Metodologia: Os dados foram obtidos através de entrevistas com o paciente, histórico clínico-cirúrgico e exames de imagem. . Discussão: Paciente J.E.S., masculino, 58 anos, deu entrada no serviço com queixa de parestesia nos artelhos do membro inferior esquerdo (MIE). Ao exame físico local, foi observada cianose, redução de temperatura em MIE, além de aumento dos pulsos poplíteo e pedioso ipsilaterais. A angiotomografia revelou a presença de um aneurisma em artéria poplítea esquerda e a inadequação da veia safena para enxerto autólogo, já que seria necessário. Logo, foi realizada cirurgia de revascularização com bypass prostético. Em protocolo cirúrgico, foi realizado tratamento com anticoagulante, no entanto, surgiram sinais de hipercoagulabilidade. No pós-operatório, paciente queixou-se de dor intensa em todo o MIE, além de parestesia e cianose do membro. Diante da piora, foi realizada uma segunda intervenção cirúrgica para recolocação de bypass, evidenciando a presença de trombo obstruindo o primeiro enxerto. Apesar de refeito o procedimento, o quadro evoluiu com a falha de revascularização, optando-se pela amputação do MIE. O aneurisma de artéria poplítea, embora não raro, pode levar a complicações significativas, especialmente quando associado à trombose ou insuficiência vascular crônica. O manejo envolve a revascularização com o uso de enxertos prostéticos, como o PFTE, na impossibilidade de uso da veia safena. No entanto, fatores como a hipercoagulabilidade podem levar ao tromboembolismo e comprometer a evolução favorável do quadro. Conclusão: No caso, a falha na revascularização pela fragilidade vascular, hipercoagulabilidade e pela trombose no enxerto resultou na indicação de amputação do membro, essencial para evitar complicações e sepse. O desfecho reforça a importância de avaliar adequadamente as condições de coagulação do paciente, além do acompanhamento pós-operatório.
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