Introdução: O AVC Isquêmico Agudo (AVCIA), tipo mais comum de AVC, ocorre quando o suprimento de sangue para parte do cérebro é interrompido por um coágulo de sangue em um vaso cerebral ou aterosclerose. A privação de oxigênio e nutrientes levados pelo sangue para as células cerebrais pode levar à morte neuronal. O tempo de tratamento é crucial, e quanto mais rápido o restabelecimento do fluxo sanguíneo, menores as chances de sequelas permanentes. Objetivo: Analisar os potenciais benefícios e desafios clínicos no uso de tirofibana associado à abordagem endovascular no tratamento do AVCIA. Metodologia: Trata-se de um revisão integrativa de literatura nas bases de dados MEDLINE (Via PubMED), SciELO e LILACS, com a busca “Endovascular Procedures AND Ischemic Stroke AND Tirofiban AND Efficacy” e como referencial temporal os últimos cinco anos. Foram incluídos artigos que relacionavam tratamento pós-operatório com tirofibana, excluindo os que citavam uso de tirofibana com desviadores de fluxo. Resultados e Discussão: Foram localizados 32 registros, dos quais 17 foram excluídos após leitura dos títulos e resumos. Após leitura completa seis foram excluídos. Assim, nove foram incluídos para esta revisão. As evidências apontaram que a utilização de tirofibana associado à abordagem endovascular foi benéfica no tratamento de AVC Isquêmico Agudo, atingindo bom resultado neurológico em 36 horas de tratamento. A eficácia desse antiagregante combinado com trombectomia mecânica direta (procedimento onde a remoção do trombo é feita diretamente, usando dispositivos especializados que fisicamente capturam ou fragmentam o coágulo para retirá-lo do local da obstrução) e monitoramento rigoroso da pressão arterial durante as primeiras 72 horas pós intervenção foi potencializada. O uso de tirofibana melhorou a não formação de novos coágulos, bem como facilitou a recanalização dos vasos obstruídos. Entretanto, foi evidenciado que sem o devido monitoramento no uso, o medicamento poderia trazer riscos, como: sangramentos inoportunos, queda na pressão arterial, reação alérgica e alteração na função renal. Conclusão: O uso de tirofibana com monitoramento rigoroso é a melhor estratégia para garantir maior eficácia no tratamento. São necessárias mais pesquisas para elucidar completamente os efeitos a longo prazo do tratamento com o antiagregante e identificar quais subgrupos de pacientes podem se beneficiar mais dessa abordagem.
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