Introdução: A cirurgia bariátrica é uma das abordagens atuais mais eficazes para o tratamento da obesidade grave. Contudo, o tromboembolismo venoso (TEV) se destaca como uma das complicações mais graves e comuns, sendo a profilaxia a melhor forma de reduzi-la. Objetivo: Analisar a profilaxia do TEV no manejo de pacientes bariátricos. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica com busca na plataforma Pubmed, selecionando artigos em português e inglês do período de 2020 a 2024, com os descritores VenousThromboembolism and Bariatric Patients. Encontrados 153 artigos publicados e 10 escolhidos por relevância estatística e proposta temática. Discussão: O risco aumentado de TEV em pacientes bariátricos está relacionado com fatores como IMC maior que 50, TEV prévio, apneia do sono, doenças cardiovasculares e imobilização prolongada, os quais promovem alterações no fluxo e na viscosidade sanguínea, inflamação. Estudos sugerem que o risco aumenta nos primeiros dias a semanas após a cirurgia, quando o pico de complicações tromboembólicas ocorre. Em contexto, a heparina de baixo peso molecular (HBPM), sobretudo a enoxaparina, é a escolha para a profilaxia de TEV e pode ter dose padrão aumentada em 20mg, naqueles com alto risco; com anticoagulantes orais diretos (DOACs) há uma maior facilidade, mas a absorção pode ser alterada em pacientes bariátricos devido às mudanças morfofuncionais da cirurgia. Também, a profilaxia mecânica, como o uso de meias de compressão graduada e dispositivos de compressão pneumática intermitente que melhoram o retorno venoso e ajudam a prevenir a estase sanguínea, é crucial na prevenção, já que, são indivíduos de difícil mobilização devido ao peso corporal e à complexidade do pós-operatório. Ainda, o monitoramento com ultrassonografia Doppler é essencial, pois permite a detecção precoce de trombose venosa profunda assintomática, evitando complicações graves. Por fim, a monitoração regular deve iniciar em pós imediato com manutenção nas semanas seguintes, especialmente naqueles com obesidade extrema ou histórico tromboembólico, e pode ocorrer remotamente, por meio de tecnologias móveis, para otimizar a profilaxia e permitir um manejo personalizado. Conclusão: A combinação de medidas farmacológicas e mecânicas reduz eficazmente o risco de TEV no pós-operatório bariátrico. Assim, a educação contínua das equipes e a adesão rigorosa aos protocolos são essenciais para prevenir complicações e garantir um tratamento seguro e eficaz.
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