Introdução: A gestação induz a modificações na fisiologia venosa e é amplamente reconhecida como um fator de risco para o desenvolvimento de varizes nos membros inferiores, não sendo uma causa incomum de sintomas significativos durante a gravidez, especialmente em primigestas. Alterações hormonais e mecânicas, como o aumento da progesterona e a compressão da veia cava pelo útero gravídico, respectivamente, contribuem para a dilatação venosa e a estase sanguínea. Tais alterações podem resultar em sintomas como dor, sensação de peso e edema, impactando a qualidade de vida da gestante. Objetivo: Avaliar a gestação como fator de risco para varizes de membros inferiores em primigestas. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura utilizando as bases de dados PubMed, Scopus e SciELO. Os descritores utilizados foram:"Pregnancy" AND "Varicose veins” AND “Risk factors”. Foram incluídos estudos publicados nos últimos 10 anos que abordaram a prevalência, fatores de risco e manejo das varizes em primigestas. Foram levantados 39 artigos, dos quais 5 foram utilizados após leitura completa. Resultados e discussão: Os estudos apontam que a gestação aumenta significativamente a prevalência de varizes em primigestas, com taxas entre 20% e 40%, a depender do estudo. Os fatores de risco incluem aumento da progesterona, compressão da veia cava pelo útero gravídico, história familiar de varizes e índice de massa corporal elevado. As principais complicações foram tromboflebite superficial e, raramente, trombose venosa profunda. O uso de meias de compressão, exercícios físicos e controle de peso foram as estratégias preventivas mais destacadas, embora faltem evidências conclusivas sobre intervenções farmacológicas. Conclusão: Demonstrou-se que a gestação é um fator de risco relevante para primigestas.
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