Introdução: A diabetes, principalmente quando mal controlado, pode prejudicar a função imunológica, reduzir a circulação sanguínea e afetar a integridade das fibras de colágeno, componentes essenciais na cicatrização. O aumento da glicose no sangue interfere no processo inflamatório, atrasando a fase de reparação celular e aumentando o risco de infecções. Dessa forma, o controle rigoroso dos níveis glicêmicos é crucial para otimizar a cicatrização e prevenir complicações em indivíduos diabéticos. Descrição do caso: J.R.A.S., sexo masculino, 61 anos de idade, diabético descompensado foi admitido no Hospital Regional do Alto Sertão em bom estado geral, orientado, afebril, acianótico e eupneico, apresentando lesão bolhosa infectada no 2º pododáctilo esquerdo em região interdigital, sem sinais de necrose com evolução de 3 dias após trauma no local, sem pulso tibial posterior. Paciente possui amputação do hálux do pé esquerdo há 3 meses. Passou por avaliação de cirurgião geral que indicou avaliação de cirurgião vascular. Paciente teve ferida debridada e acompanhada durante 7 dias no hospital com boa evolução e alta. Discussão: O paciente ser diabético descompensado influencia na cicatrização da ferida. Após 3 meses de amputação do hálux, a lesão poderia estar cicatrizada, porém com um trauma no mesmo local e com a diabetes não controlada a lesão se agrava, sendo necessária a regulação da glicemia e debridamento para favorecer o desenvolvimento de tecido de granulação. Conclusão: É fundamental o paciente diabético ter maior atenção para cuidados com feridas, pois o nível glicêmico atua diretamente na cicatrização, podendo levar a complicações como amputações sequenciais.
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