INTRODUÇÃO: A fístula arteriovenosa (FAV) é amplamente reconhecida como o acesso vascular preferencial para pacientes em hemodiálise devido à sua durabilidade e menores taxas de infecção em comparação com outros métodos. No entanto, sua utilização não está isenta de complicações. Entre essas, destaca-se a hipertensão venosa de membros superiores, uma condição que pode impactar negativamente a funcionalidade do membro, o conforto do paciente e a qualidade de vida. OBJETIVOS: Analisar o impacto da FAV no desenvolvimento de hipertensão venosa em pacientes em hemodiálise. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura com base em artigos publicados nos últimos 10 anos, utilizando as bases de dados PubMed, Scopus e SciELO. Os descritores empregados foram: “arteriovenous fistula”, “venous hypertension”, e “hemodialysis”. Foram incluídos estudos observacionais e revisões que abordaram complicações, fatores de risco, estratégias terapêuticas e impacto na qualidade de vida. A seleção seguiu critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados demonstraram que a prevalência de hipertensão venosa de membros superiores em pacientes com FAV varia de 10% a 15%. Os fatores de risco incluem idade avançada, diabetes mellitus, estenose venosa proximal, uso prolongado da FAV e o calibre venoso utilizado na criação do acesso. A principal causa dessa complicação é a estenose central, frequentemente associada ao uso prévio de cateteres e dispositivos venosos centrais. Os sintomas incluem edema nos dedos e mãos, que pode progredir para limitação da mobilidade dos membros superiores.Em estágios graves, podem surgir ulcerações venosas e comprometimento do fluxo arterial, demandando intervenções urgentes. Estratégias preventivas incluem o planejamento cuidadoso na confecção da FAV, a escolha de veias com calibre adequado e o monitoramento regular por exames de imagem, como ultrassonografia Doppler, para detecção precoce de complicações. Intervenções como angioplastia para estenoses ou trombectomia foram eficazes na redução dos sintomas e na prevenção da progressão da hipertensão venosa. CONCLUSÃO: Evidenciou-se que a FAV, embora essencial para hemodiálise, está significativamente associada ao desenvolvimento de hipertensão venosa em membros superiores.
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